terça-feira, 13 de novembro de 2012

"TIRE DE CASA O ANÁTEMA!"


Indubitavelmente, "Salve Jorge" é tétrica e mofina. O cristão que assiste a essa abjeta novela, de bom grado, ou está em penúria espiritual, ou há vacuidade em sua alma, podendo o tal afundar-se em um balsedo.

Espero, sinceramente, que a rútila luz do Evangelho ilumine as mentes dos cristãos de coração fragoso, a fim de que não sejam engodados pelos ludíbrios da maior emissora de TV brasileira. Mas, se eles continuarem tosquenejando, poderão descer, langorosos, a um profundo báratro.

O interessante (falando, agora, de modo mais compreensível) é que a imprensa tem noticiado que os evangélicos vão boicotar a novela em apreço. Ora, só agora, por causa da alusão a "São Jorge", os evangélicos descobriram que as novelas "globais" são tendenciosas e priorizam o ocultismo, a imoralidade e a idolatria?

Antes da novela ir ao ar, foi divulgada essa matéria:

O crescimento do número de evangélicos pode fazer com que a Rede Globo altere o título da nova novela escrita por Glória Perez. A trama foi batizada de "SÃO JORGE" , mas para não desagradar o público evangélico que não crê no santo católico a novela poderá ter seu nome alterado PARA “Salve Jorge”.

O enredo terá muita ligação com a devoção a ele. A emissora não pretende mudar a história, mas está pensando em um novo título para a trama.

Quando começou a falar sobre seu novo projeto a autora tentou explicar o enredo da novela em seu Twitter: “A fé nele [São Jorge] existe e vamos mostrar: a fé na força que temos para vencer os dragões que a vida nos reserva”, disse Glória Perez.
NÃO PERCA SEU TEMPO ASSISTINDO ISSO. LIVRE A SUA CASA E A SUA FAMÍLIA DO ANÁTEMA. Seja livre em JESUS CRISTO!
AUTORES: Pastor Ciro Sanches Zibordi e Evangelista Geraldo de Almeida Filho

"FALANDO MAL DA IGREJA"

 
Outro dia, estava na fila do caixa em um supermercado e, inevitavelmente, ouvi a conversa de um casal à minha frente. Eles falavam mal de sua igreja. Por certo queriam que todos ouvissem as críticas que faziam, pois o volume da voz era alto. Estavam chateados com alguma coisa que havia acontecido no domingo e dispararam os comentários mais maldosos sobre irmãos, pastor, liderança, e por aí vai.

O funcionário que estava no caixa entrou na conversa e acabou criticando também.
Quando chegou a minha vez, este mesmo funcionário fez uma piada acerca de igreja achando que eu fosse rir. Em vez disso, conversei por um ou dois minutos sobre a importância da igreja e o amor de Jesus por todos nós. Saí do mercado com aquela cena em minha mente. Fiquei pensando o que leva uma pessoa a expor publicamente sua própria igreja, tornando-a alvo de chacota e ridicularização pública.

Pensei: "Se eles falam mal da igreja até para desconhecidos, imagine o que falam dentro de seu próprio lar". Com tristeza, cheguei à seguinte conclusão: o amor pela igreja de Cristo está acabando!

Quando os próprios membros da igreja são portadores de uma voz negativa e a expõem dessa forma é sinal de que não sentem mais nada por ela e a tratam como qualquer coisa menos como a "noiva de Cristo". Falar mal da igreja é como falar mal de si mesmo, afinal, nós somos a igreja. Somos membros do mesmo corpo, somos a família de Deus. Por um erro eclesiológico olhamos a igreja como se ela fosse uma realidade à parte de nós mesmos, como se existisse sem nós.

Esse erro faz com que as pessoas perguntem: "que igreja você frequenta?" Nós não frequentamos ou somos membros de uma igreja, nós somos a igreja! A Igreja não é um lugar aonde nós vamos, mas sim é a comunidade da qual fazemos parte desde o momento quando recebemos a Jesus Cristo como Salvador.

"É fácil ser rude com a Igreja e é fácil encontrar suas falhas, mas quando você se torna cristão, você é a igreja" (Charles Conson em being the Body). Falar mal da igreja tem sido uma prática comum em todos os lugares e de variadas formas. Acaba um culto, e, nos corredores, as pessoas estão falando mal da igreja.

No FACEBOOK, muitos postam comentários falando mal da igreja. Nos programas televisivos, muitos ridicularizam a igreja e aproveitam entrevistas com cristãos para o conteúdo de suas piadas. Livros inteiros são publicados falando mal da igreja.

Minha pergunta é: qual o objetivo disso? Em minha opinião, alguém que fala mal da igreja publicamente se assemelha a um homem que chega em plena praça pública e fala mal de si mesmo, expondo suas fraquezas e dificuldades. Ou ainda a uma mulher que escreve nas redes sociais acerca de suas frustrações e problemas pessoais.

Qual seria o objetivo de uma pessoa fazer tais coisas? Com certeza não é ajudar e nem resolver uma questão, mas apenas expor suas fraquezas e torná-las públicas. E, ao fazer isso, ela corre o sério risco de se tornar alvo de gozação, ridicularização e escárnio.

Psicólogos, conselheiros, mentores e outros profissionais que são procurados para prestar ajuda, sempre atendem as pessoas dentro de um ambiente seguro e com as portas fechadas. Nesse ambiente, eles podem ouvir as mágoas, tristezas e problemas que lhe são trazidos com sinceridade e coração quebrantado.

Acredito que isso vale para os membros da igreja. Insatisfação ou qualquer outra manifestação de descontentamento devem ser tratados e expostos em um ambiente próprio, seguro, e não publicamente.

A fila do caixa não é o melhor lugar para falar mal da noiva de Cristo. Aliás, nenhum lugar é bom para isso. Falar mal não deveria ser uma prática cristã. Podemos avaliar, conversar a respeito e até mesmo discutir um tema, mas sair falando mal, destruindo com palavras aquilo que é alvo do amor de Jesus.  - Sua igreja - isso nunca deveria acontecer.

Deveríamos amar mais a igreja, pois, ao fazermos isso, muitas coisas que se tornam conteúdo de nossas críticas simplesmente desapareceriam. Se tornariam desnecessárias.
A Bíblia diz em 1º Pedro 04.08 - "Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa muitíssimos pecados" (NVI). Em outra versão, aparece a expressão "o amor cobre uma multidão de pecados" (ARC). Quem ama protege em vez de expor. É o que diz o texto!

Quando amamos a igreja, nós perdoamos as falhas dos irmãos e lembramos que nós também falhamos. Olhamos para os outros membros do corpo de Cristo com um olhar perdoador e não com ódio ou mágoa. O amor protege através do perdão e da reconciliação.

Quem mais gosta dos comentários maldosos sobre a igreja é o diabo, que faz de tudo para incentivar os próprios cristãos a falarem mal da igreja.

Eu não falo mal da igreja. Isso é um princípio que tenho e pretendo levá-lo adiante até o dia quando participarei da igreja celestial. Na fila do caixa ou em postagem do FACEBOOK, não me verão falando mal da igreja. Se me perguntarem se já me entristeci com algum membro da igreja, minha resposta será afirmativa e virá acompanhada da plena consciência de que já devo ter entristecido alguém também.

Já passei por lutas na igreja e, por certo, ainda passarei, mas se Jesus Cristo, que é santo e perfeito, ama a igreja, eu, que sou imperfeito e pecador, não poderei amá-la? Se Jesus morreu pela igreja é sinal de que ela é muito importante e eu, como membro da igreja, devo me sentir privilegiado e feliz por fazer parte disso. Uma imagem que me ajuda muito a não falar mal da igreja é a linda cena do noivo e noiva de braços dados no corredor.

Que coisa linda! Imaginar que Jesus Cristo é o noivo da igreja me traz um alívio enorme ao coração. É Ele quem dignifica a igreja, a exalta e a reconhece como valorosa. E, sendo um membro da igreja, só posso agradecer a Ele por me dar essa honra que me faz perdoar meus irmãos e seguir firme, perdoando e preservando a beleza da igreja.


AUTOR: Guilherme Ávilla Gimenez

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

"O CUIDADO NA VIDA DE JESUS"


 "Essas mulheres tinham acompanhado e ajudado Jesus quando ele estava na Galileia" (Marcos 15.41 - NTLH). 

A vida de Jesus impressiona a todos, seja qual for o ângulo de observação. Podemos olhá-lo como firme referência para o bem-viver em qualquer área de nossa vida. Ele viveu de maneira perfeita em tudo o que falou, olhou, tocou, ouviu e decidiu. Simples. Prático. Direto. Veio para nos ensinar e nos deixar uma herança para uma vida plena e abundante. Podemos seguir suas pisadas para sempre estar em terreno seguro. Curiosamente, tudo começou em sua vida como de qualquer outro ser humano.

Recebeu cuidado 

Jesus precisou receber cuidado de seus pais, pois era uma criança pequena e indefesa. José e Maria o levavam, desde pequeno, para o templo com o objetivo de apresentá-lo a Deus (Lucas 02.22). Por orientação de Deus, fugiram para o Egito para que Herodes não o matasse (Mateus 02.13-14, 20-21). 

Cuidavam tão bem que o "menino crescia e ficava forte; tinha muita sabedoria e era abençoado por Deus" (Lucas 02.40 - NTLH). Foi cuidado também pelo povo de Deus. Simeão o pegou no colo (Lucas 02.28), os magos deram presentes (Mateus 02.11), até após sua morte, José de Arimateia e Nicodemos cuidaram de seu sepultamento (João 19.38-40).        
Mas seu valor pelo cuidado não pode ser observado somente por ter recebido na infância ou após a morte, quando não tinha decisão sobre esta área.

Deixou-se ser cuidado

 
Impressiona-nos o fato de que Jesus deixou-se ser cuidado mesmo quando adulto. Foi cuidado pelos anjos após o difícil tempo de jejum, oração e tentação no deserto (Marcos 01.13). Aliás, tinha disponível esse serviço em todo o tempo que quisesse, mesmo que fossem necessários mais de doze legiões de anjos (Mateus 26.53). 

Surpreendentemente, não se utilizou desse recurso. Ao contrário do serviço celestial, preferiu ser servido pelos humanos. Gente como ele. Gente de carne e osso. Gente de sentimentos e emoções. Gente com dores e sonhos. Por isso, o impacto no momento de sua morte foi tão grande.

"Algumas mulheres também estavam ali, olhando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Salomé e Maria, que era mãe de José e de Tiago, o mais moço. Essas mulheres tinham acompanhado e ajudado Jesus quando ele estava na Galileia. Além dessas, estavam ali muitas outras mulheres que tinham ido com ele para Jerusalém" (Marcos 15.40-41 - NTLH).

Buscou cuidado

 
Ao olhar com olhos mais atentos aos detalhes de sua vida, percebemos que, além do cuidado voluntário, natural de quem o amava, Jesus buscou cuidado no momento mais difícil de sua vida (Marcos 14.32-42). Fez isso com muita intensidade. A narrativa de seu período de oração no Getsêmani diz que por três vezes ele buscou seus amigos e discípulos mais íntimos, clamando que ficassem com ele. Estava tomado de pavor e angústia. 

Com a mesma força que adiantava-se ao local para orar a Deus, retornava para ver se seus amigos estavam com ele. Mesmo sendo Deus, Jesus expressou o quanto precisava do conforto e consolo de seus amigos. Infelizmente Pedro, Tiago e João dormiram. Mesmo assim, Jesus nos deixou clara a lição que devemos procurar ajuda e cuidado em tempos de luta. Seu olhar para a vida refletia seu grande valor da comunhão, da comunidade, da integração, da interdependência. Disse não à autonomia, à independência, ao isolamento. 

Compadeceu-se do descuidado

 
Sendo essa sua maneira de ser e pensar, Jesus compadeceu-se do descuidado com muita intensidade. 

"Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor" (Mateus 09.36). Seu choro diante do povo que rejeitou ser cuidado foi registrado:"Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!" (Mateus 23.37).   

Exerceu o cuidado

 
Como não era um teórico conceitual, Jesus exerceu o cuidado sobre os seus mais queridos, como seus discípulos (ex. João 13.04-05), ou mesmo pendurado na cruz, "vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa" (João 19.26-27). Também cuidou do próximo, de todo aquele que se aproximava dele (ex. Mateus 04.24; 08.16; 12.15, 22; 14.14; 15.30; 19.02; 21.14).

Recomendou o cuidado


Por último, Jesus recomendou o cuidado, quando, em sua última conversa, pergunta a Pedro por três vezes se o amava, recomendando que cuidasse das suas ovelhas (João 21.15-17). Ou seja, sua derradeira orientação antes de subir aos céus é que seus amados líderes e sucessores cuidassem uns dos outros, cuidassem de você e de mim.


AUTOR: Rodolfo Garcia Montosa