A Lei do Senhor é perfeita e revigora a alma
Salmo 19. 07
A Lei do Senhor era lida pelos adultos e ensinada às crianças. Era objeto de conversa todo o dia, enquanto assentado em casa, enquanto andando pelo caminho, enquanto se preparando para dormir e para acordar. Era amarrada aos braços, presa na testa e escrita nos batentes das portas (Dt. 06. 06- 09). Feliz, muito feliz era aquele que meditava na Lei do Senhor dia e noite (Sl. 01. 01, 02).
Para o experiente salmista, “a Lei do Senhor é perfeita” , “os testemunhos do Senhor são dignos de confiança”, “os preceitos do Senhor são justos”, “os mandamentos do Senhor são límpidos” e as ordenanças do Senhor são verdadeiras” (Sl. 19. 07- 11). Mas o poeta de Israel não fica apenas na admiração e na contemplação. Ele enumera também o valor terapêutico da Palavra de Deus. A cada palavra elogiosa, menciona uma virtude dos oráculos divinos. Além de perfeita, a Lei do Senhor “revigora a alma”. Além de serem dignos de confiança os testemunhos do Senhor “tornam sábios os inexperientes”. Além de justos, os preceitos do Senhor “dão alegria ao coração”. O salmista não hesita em afirmar que “os mandamentos do Senhor são límpidos e trazem luz aos olhos” (Sl. 19. 07- 09).
Não se lê a Bíblia apenas para se tomar conhecimento da verdade. A verdade sozinha torna-se lei, torna-se um peso, torna-se cansativa e pode até mesmo gerar a tal soberba da verdade, a soberba teológica. A Palavra de Deus é leite para acabar com a fome, é alimento para fazer crescer, é lenha para atear fogo do entusiasmo, é combustível para pôr em movimento os bons propósitos do coração. A Escritura existe “para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra” (2 Tm. 03. 17).
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