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quinta-feira, 20 de abril de 2017

"TEM COISAS QUE SÓ DEUS!"

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Ao encerrar um período de 31 dias de jejum e oração proposto para minha igreja utilizando o livreto "Caminho da Felicidade" saímos mais inspirados pela Palavra, fortalecidos na fé e amadurecidos na comunhão com o Senhor pelo jejum e oração. Temos testemunhos de crianças e também de velhos, pessoas que foram curadas, e outras consoladas no luto, gente nos primeiros passos na fé e outros muito maduros. Gente de todo tipo, amados de Jesus, firmando seus pés no Caminho da Felicidade. Minha particular experiência nessa caminhada foi perceber ainda mais que tem coisas que só Deus!

1) TEM COISAS QUE SÓ DEUS SABE.
Deixei de tentar explicar Deus e passei a descansar de coração que ele sabe das coisas muito além do que eu possa alcançar. Como diz o Apóstolo Paulo: "Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" (Romanos 11.34-33).

2) TEM COISAS QUE SÓ DEUS TEM.
Deixei de querer "ter" ou me preocupar em "ter", para me entregar à verdade que tudo é dele. Como está escrito: "Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Romanos 11.35- 36).

3) TEM COISAS QUE SÓ DEUS PODE.
Imagine o desafio de contar 100 milhões de estrelas em nossa Galáxia. Perceba agora a dificuldade de contar as demais estrelas das mais de 100 milhões de galáxias conhecidas. Como se não bastasse isso, o que dizer de conhecer cada uma delas pelo nome e tê-las todas sob comando e ordem? Enfim, só alguém muito poderoso. Como diz o profeta: Levantai ao alto os olhos e vede. "Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar" (Isaías 40.26).

4) TEM COISAS QUE SÓ DEUS FALA.
A verdade é que muita gente abandona Jesus no caminho. Diante disso, ele mesmo perguntou quem queria se retirar. Pedro faz uma tremenda declaração: "para quem iremos? Tu tens palavra de vida eterna" (João 6.68). Ele percebeu que toda a palavra do Senhor tem peso de eternidade. Só quem é eterno pode falar palavras de vida eterna.

5) TEM COISAS QUE SÓ DEUS QUER.
Por último, fiquei impactado ao perceber que Jesus deixou sua glória, veio em carne, tornou-se servo, entregou-se à morte, para cumprir integralmente a vontade do Pai. Daí ele revelou: "E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia." (João 6.39). Ele nos quer para toda a eternidade junto consigo no Paraíso. Aleluia!

Quanto mais tempo passamos meditando e buscando a Deus, mais nos impressionamos e nos apaixonamos por ele. Essa caminhada da felicidade nunca mais acabará. Vamos continuar firmes orando, jejuando e meditando em sua Palavra. Vamos deixar Deus ser Deus e fazer tudo aquilo que só Deus faz e vamos ser filhos.
  

AUTOR: Rodolfo Garcia Montosa

quarta-feira, 12 de abril de 2017

"OS VERDADEIROS PASTORES VOCACIONADOS!"

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O Rev. Francisco Leonardo Schalkwijk, nosso reitor no Seminário Presbiteriano do Norte, não se cansava de nos avisar no início da década de 1980, que o pastorado era a vocação de quem se submetia a ser "pano de chão". Se alguém não suportasse ser humilhado e pisado, não tinha vocação para o pastoreio. Ele nos falava isso constantemente em seus sermões. Para ele, humildade associada à fidelidade eram as características essenciais que definiriam o ministério de um bom pastor. Muitos anos se passaram e muito aprendi nesses 32 anos de ministério. O Reverendo Francisco continua tendo razão.

Aprendi nesses anos que a vocação não depende do vocacionado, depende de quem o vocaciona. Geralmente, quem diz que quer ser pastor dificilmente o será. Não me peça explicações, mas é assim na maioria quase absoluta. Os verdadeiros vocacionados nem imaginavam que seriam pastores do reino de Deus; foram surpreendidos por Ele para assumirem essa grande tarefa. Já imaginou a responsabilidade de pastorear o rebanho, por quem Deus entregou à morte o seu próprio Filho? Pastores verdadeiramente vocacionados inicialmente ficam impressionados ao perceber que Deus inclinou o coração deles para serem pregadores à frente dos redimidos. Eles geralmente são pegos de surpresa como Davi, no meio do campo, jamais considerando que havia sido escolhido por Deus para liderar o povo eleito.

Essa vocação pastoral é realizada com humildade, consciente de que tudo na vida ocorre pela graça.

Não esperar qualquer reconhecimento na terra é um bom exercício que a piedade cristã docemente impõe sobre os vocacionados. A honra de um fiel pastor só será definitivamente reconhecida na glória da Casa de Deus; sim, no céu. Ali todos saberão que ele perseverou humildemente até o fim, pastoreando em todo tempo, com graça e bondade, porque entendeu que no "tempo oportuno" Deus o exaltaria conforme Pedro escreveu (I Pedro 5.6).

A genuína vocação pastoral passa também pelo viés da fidelidade.

Não há como ser um pastor de Deus se não houver fidelidade, pois Ele tem uma estima especial com gente fiel, com quem trabalha para que seu Filho seja engrandecido. Os fieis são chamados de "embaixadores de Cristo" (II Coríntios 5.20) e são considerados "despenseiros dos mistérios de Deus" (I Coríntios 4.1). É uma fidelidade atrelada à verdade e ao amor, o que faz deles pastores verdadeiramente amorosos e amorosamente verdadeiros.

A vocação pastoral ainda é desenvolvida em meio a lutas e perseguições.

É curioso que líderes infiéis (alguns dando provas até de completa ausência de fé) nem sempre são combatidos com a mesma veemência que fieis pastores que não se curvam diante dos postes ídolos da religião. Pastores que decidiram ser fieis Àquele que os vocacionou muitas vezes acabam sendo excluídos das decisões acordadas nos palácios do Sinédrio. Paulo não poupa o seu discípulo Timóteo ao expor-lhe as dificuldades próprias do ministério pastoral. "Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança, as minhas perseguições e os meus sofrimentos, quais me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra, - que variadas perseguições tenho suportado! De todas, entretanto, me livrou o Senhor. Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (II Timóteo 3.10-12).

Saiba que quando o inimigo não consegue derrubar um líder fiel, ele faz tudo para derrubar a sua reputação. Os pastores que tiveram sua reputação manchada pelas mentiras de gente má devem se lembrar das promessas de Deus a seu povo. São promessas que ainda valem pra hoje: "Mas, se diligentemente lhe ouvires a voz e fizeres tudo o que eu disser, então, serei inimigo dos teus inimigos e adversário dos teus adversários" (Êxodo 23.22). Vá em frente e deixe que Deus trate daqueles que o perseguem. Tão somente, continue pregando o Evangelho da graça. Aprendi com um amigo, citando-me um provérbio chinês, que "uma muralha que cai faz mais barulho que o trigo que cresce. E o trigo continua crescendo". É isso; continue crescendo. Não se importe com o barulho à sua volta. Continue pregando debaixo da bênção do Senhor. Faça como Neemias: apesar das calúnias, não pare a obra que você está fazendo sob a ordem de Deus.

Por fim, quando envelhecerem, os fiéis pastores perceberão que o Todo Poderoso não só os vocacionou, como os dirigiu em todo o tempo, apesar das lutas, das incompreensões, da solidão, das perseguições, das mentiras, das soberbas. Deus faz isso com os vocacionados, livrando-os dos homens maus e, acima de tudo, livrando-os de si mesmos. Estes pastores podem dizer como Paulo: "Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo" (II Coríntios 2.14).



AUTOR: Samuel Costa

terça-feira, 11 de abril de 2017

"A ALEGRIA DA CASA DO SENHOR!"

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Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor (Salmos 122.1).

Nos últimos seis anos, tenho ficado à porta da igreja antes de todos os cultos para receber o povo de Deus. Fico alegre especialmente ao ver muitas crianças chegando cheias de entusiasmo, correndo, com sua Bíblia debaixo do braço, com os versículos decorados para participar dos trabalhos. Isso faz-me lembrar de minha infância quando meus pais diziam: vamos à casa do Senhor! Aliás, como nos escreveu o Pr. Lincoln no editorial do boletim da IPI em julho, "casa de Deus é onde o povo de Deus se reúne, quer seja na célula, seja culto público". Acrescento: dois ou três reunidos no nome do Senhor é casa de Deus, pois ele está ali, habitando, ministrando (Mateus 18.20). Mas, será que todos ficam alegres quando estão a caminho da "Casa de Deus"? Percebo neste salmo quatro marcas que têm aqueles que se alegram ao encontrar-se com o povo de Deus e amam ir à casa do Senhor.

Os que se alegram com a Casa de Deus têm no coração a marca da expectativa. 

(Pararam os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém!) A figura dos pés juntos às portas marca o exato momento quando a jornada se encerra e inicia o encontro com o povo de Deus. As caravanas chegavam para as festas da Páscoa, Pentecostes ou Tabernáculos, ou por outro motivo para estarem juntos, carregando no coração muita expectativa e fé, pois sabiam que há uma bênção reservada quando o povo está junto em união. Como diz minha mãe, devemos agradecer a Deus pelo banquete, mas também pelo apetite. De que adianta ter a mesa cheia, sem apetite? De que adianta ter um banquete espiritual, sem fome e sede de Deus? Lembre-se que Jesus pode fazer muito pouco pela falta de expectativa e fé(Marcos 6.5-6).

Os que se alegram com a Casa de Deus têm no coração a marca da gratidão. 

(Jerusalém, que estás construída como cidade compacta, para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor.) Convém ao povo de Deus expressar sua gratidão de maneira notória, pública, coletiva, patente e manifesta no meio da multidão daquela cidade compacta. Faziam isso através dos louvores e orações, e não vinham de mãos vazias, mas traziam seus dízimos e ofertas. O louvor atrai a manifestação da presença de Deus, ao mesmo tempo que, na presença de Deus, não há outro comportamento mais apropriado senão o louvor e adoração. Lembre-se que Deus habita no meio dos louvores (Salmos 22.3).

Os que se alegram com a Casa de Deus têm no coração a marca do respeito. 

(Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi.) A expressão faz referência aos sistemas de governo do povo de Israel, tanto no tempo de juízes, quanto na monarquia, indicando o reconhecimento das autoridades instituídas pelo Senhor para conduzir seu povo. O respeito pelas autoridades espirituais é marca fundamental. Filhos respeitando seus pais. Adultos respeitando as autoridades que foram constituídas para serviço do povo. As autoridades exercendo suas funções de maneira justa e com temor diante de Deus. Lembre-se da instrução da Bíblia: "Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros" (Hebreus 13.17).

Os que se alegram com a Casa de Deus têm no coração a marca do amor.

(Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam.) Certa vez John Kennedy declarou: "não perguntem o que a América pode fazer por vocês, mas o que vocês podem fazer pela América". Parafraseando-o: não pergunte o que a igreja pode fazer por você, mas o que você pode fazer pela igreja. A lógica é simples: se todos esperam receber, todos ficarão insatisfeitos. Se todos servirem, todos serão saciados. A igreja que ama intercedendo e servindo um ao outro encontra alegria. Por isso o salmista insiste que devemos orar e amar o povo de Deus. Lembre-se da poesia de Paulo em 1 Coríntios 13 que nos ensinou que, sem amor, não temos nem somos nada. Deus é amor e em Cristo nos coloca nesta dimensão.

Assim estão marcados aqueles que descobrem a alegria do ajuntamento do povo de Deus: expectativa e gratidão a Deus, respeito e amor pelos irmãos. Resultado final: entra com alegria e desfruta da paz (Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.)


AUTOR: Rodolfo Garcia Montosa. 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

"IGREJA: UM CORPO QUE PRECISA DE CUIDADOS!"


Quando o assunto é a igreja e a figura usada é o corpo de Cristo, pode-se falar de diagnósticos e prognósticos para discernir as necessidades básicas do povo de Deus.

Como diagnóstico pode se dizer: A igreja de Cristo está crescendo em todo o mundo de forma visível e incontestável. Aqui e acolá, as notícias de que o corpo de Cristo está em pleno desenvolvimento e crescimento são uma realidade. Dados comprovam esse fato, porém, no mundo cientifico, quando se trata de crescimento orgânico, existem dados que demonstram as consequências que um processo de desenvolvimento sem acompanhamento acarreta. No campo biológico, pode ser visto que todo crescimento sem um balanceamento orgânico é gerador de deficiências e deformidades irreversíveis. Com a igreja não é diferente, pois ela é organismo vivo antes de ser uma instituição organizada. É um organismo latente, composta de pessoas crescendo em plenitude e graça até a estatura de varão perfeito.

Além de ser um organismo vivo, é também uma instituição organizada. Esse fato exige que pessoas estejam gerenciando, administrando toda circunstancia que envolve esse crescimento visível e latente. Se por um lado existem dados que demonstram o crescimento da igreja, outros demonstram que existem muitas igrejas morrendo ou definhando por falta de uma liderança que coordene com êxito as várias situações de enfermidades que acontecem na igreja, como corpo de Cristo.

Provocando enfermidades

Enfermidades acontecem porque existem pessoas que antecipam, por conta própria, a efetivação de líderes. Pessoas adotam critérios de escolha sem ouvir a voz de Deus ou até mesmo fingindo não ouvir. Dessa forma, acontece o estabelecimento de pessoas que aos olhos de Deus deveriam esperar um pouco mais para assumir tamanha responsabilidade, exemplos: Pessoas imaturas são colocadas em posição que exige certo grau de maturidade. Pessoas que ocupam algum tipo de grau elevado na sociedade são colocadas em lugar que exige extrema humildade. Pessoas que ainda não conseguiram se encontrar são colocadas onde precisam ajudar outros a se encontrarem.

Outro fator que provoca a “morte” de uma instituição eclesiástica é o fato de que líderes estão atuando com sobrecarga muito além de suas capacidades, isso pode ocorrer por incapacidade do líder ou pelo fato de que o crescimento natural e explosivo da igreja faz com que pessoas muito bem intencionadas e vocacionadas assumam a posição de líderes para não interromper o processo de crescimento, porém, precisam de acompanhamento para a sua formação, caso contrário, em um determinado momento acontecerá uma “falência múltipla dos órgãos”.

Enfim, esse quadro mostra um diagnóstico desfavorável para um crescimento sadio em diversas partes do “corpo de Cristo”. Feridas começam a se espalhar e ferir outras partes do “corpo”. Que o corpo de Cristo, como igreja, está crescendo é inevitável e cresce para a glória de Deus, entretanto é preciso estar muito atento para aquilo que está sendo realizado no que depende da participação humana, pois as portas do inferno não prevalecerão sobre a igreja de Cristo.  “Também eu digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16:18).

Apesar dessas palavras, de Jesus, existe uma grande parte do corpo que está enferma porque não está sendo cuidada por pessoas que foram devidamente preparadas. Pode até não existir dúvidas de que são pessoas vocacionadas e chamadas por Deus para o privilégio de liderar, mas não é o momento exato para a liberação. Quando essa antecipação acontece, a igreja parece perder força, e imediatamente os líderes que estão em “plena atividade” devem perguntar a Deus e a si mesmos: O que acontece? Falta preparo? Falta treinamento? Falta vergonha?
A partir desse diagnóstico, somente um caminho pode ser trilhado, somente um procedimento pode ser favorável e este é: cada parte do “corpo de Cristo” (Igrejas locais e denominacionais) deve adotar um programa efetivo para seleção, treinamento, envio e manutenção de líderes e tornar esse propósito uma prioridade para o sustento do crescimento orgânico e estrutural da igreja, porque do espiritual Deus está cuidando e muito bem.  “Louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. (At 2:47)

Um remédio providencial

O primeiro prognóstico diz respeito a medidas que devem ser de caráter urgente tais como o entendimento da necessidade de treinar e manter líderes de forma sistemática e formal para evitar certo desequilíbrio e desconforto para o crescimento da igreja, e se houver  resistência de flexibilizar e optar por um programa de seleção, treinamento e manutenção de líderes,  Deus precisará levantar pessoas ou usar de qualquer outra forma para que a igreja não seja  envergonhada por conta do relaxo humano. “Maldito aquele que fizer a obra do senhor relaxadamente! Maldito aquele que retém a sua espada do sangue!” (Jr 48:10)

Outro prognóstico é: havendo consenso e honestidade na forma de selecionar, formar e manter líderes, com certeza a igreja de Cristo será agente transformador na sociedade, no contexto em que está inserida, e experimentará um crescimento jamais visto na história, pois a criação está gemendo pela redenção e Deus tem pressa em receber os seus na medida que acrescenta dia a dia à sua igreja.

O desejo de Deus é que líderes bem formados e treinados possam pastorear um rebanho faminto e sedento por águas límpidas, e aqueles que fazem parte do “corpo de Cristo” precisam ter consciência de que qualquer tipo de líder, secular ou religioso, deve ser muito bem treinado antes de exercer a liderança que a ele está sendo designada. O certo é que muitos prognósticos podem ser estabelecidos a partir de um diagnóstico.

Assim um prognóstico favorável é: priorizem programas honestos de seleção, treinamento e manutenção para líderes em atividade na igreja. E um prognóstico desfavorável é: mantenham-se estáticos e inflexíveis quanto ao processo de crescimento da igreja e com certeza as portas do inferno não prevaleceram contra ela somente porque Deus ainda conta com 7000 que não dobraram os joelhos. Caso contrário terá de lançar mão de mulas para orientarem o seu rebanho.

O objetivo é: alcançar níveis de formação teórica, prática e espiritual que possibilitem a execução da missão que Deus designou à igreja. Executar a missão da igreja com dignidade, inteligência, discernimento espiritual e destreza por parte daqueles que são levantados para liderar um povo de propriedade exclusiva de Deus é essencial para que o nome de Deus seja glorificado por toda a terra.


AUTOR: Trajano Maciel de Oliveira Filho

sexta-feira, 22 de abril de 2016

"LIDERANÇA EGOCÊNTRICA!"


Liderar é a arte de dividir tarefas, descentralizar, acompanhar, aperfeiçoar e colher os frutos. Não combina com a centralização e nem com o despotismo. Não pode ser fundamentada na vida do líder. Não é personalismo, mas pessoalidade. Liderar é fazê-lo por princípios e não por opiniões viciadas, voltadas para vantagens pessoais. Liderança significa pensar no bem comum, no sucesso como fruto de compartilhamento na organização. É buscar a excelência no trato com as pessoas. É contribuir para a unidade na instituição. É promover " a participação de todos no esforço de cada um". Contudo, o tempo que vivemos é estigmatizado pelo hedonismo, pragmatismo e narcisismo. São três anomalias que adoecem qualquer liderança.

A liderança egocêntrica é marcada pelo personalismo.

Dos que estão compactuados com vantagens e glória meramente pessoais. Pensar de si e para si é uma característica bem definida da liderança marcada pelo egoísmo. Esta busca freneticamente o reconhecimento dos liderados. Gosta do pódio. Exerce uma filosofia maquiavélica, isto é, se utiliza de meios convenientes para gerar resultados. Na cabeça da liderança egocêntrica está a megalomania ou mania de grandeza. Esta turma gosta de colocar fotos na parede. É muito triste ver em nossas comunidades, em nossas organizações filantrópicas, elementos comprometidos com a adulação, bajulação e reconhecimentos visando o fortalecimento do cargo que exerce. Os conchavos são a sua especialidade. A liderança egocêntrica não aprecia cargas, mas cargos. Não gosta de servir, mas de ser servida. Não facilita, mas problematiza. Essa liderança não tem coração. Ela é platônica, ou seja, vive no mundo das ideias. Pensa nas vantagens pessoais a partir do seu umbigo.

A liderança egocêntrica se vale do cargo para se promover.

Geralmente é uma liderança insensível em relação às necessidades dos seus liderados produzindo medo. Não está afeita ao companheirismo e nem a liberdade para críticas construtivas visando o bem da organização. Essa liderança é despida de misericórdia em relação aos que sofrem. Ela beneficia os apadrinhados, os companheiros que rezam na mesma cartilha. Exclui ou despreza os que têm boas ideias, os que podem contribuir para melhorar o serviço da instituição. Geralmente numa liderança exercida por líderes egoístas as pessoas que pensam não são benvindas. Esses líderes têm medo dos que podem revolucionar. A liderança egocêntrica é apequenada, medíocre e sofrível. Tenho pena das pessoas que são lideradas por elementos assim.

Liderar de forma egocêntrica é um grande prejuízo para a organização ou instituição.

É uma liderança dominadora ou ditadora, maldosa e doentia. Ela é impessoal, pois está mais focada em coisas do que em pessoas. Valoriza ações e não pessoas. Só sabe cobrar resultados, mas não investe sabiamente nos seus liderados. Não tem amizade com a sua equipe. A sua liderança é fria, formal e interesseira. Elimina os que pensam de forma diferente. Não há diálogo, interatividade e companheirismo. A liderança egocêntrica beneficia familiares e amigos (muitas vezes incompetentes) em detrimento dos que não são familiares e não são amigos, mas são competentes.

A liderança egocêntrica está na contramão do bom senso e de todo o ensino de Jesus Cristo.

O nosso modelo de liderança amorosa, altruísta, saudável, sinérgica e revolucionária. A única maneira de combatermos a liderança egoísta é substituí-la pela liderança comprometida com os valores cristãos. Esta sim, está voltada para as pessoas, o seu bem-estar, premia o trabalho criativo, encoraja, forma caráter, distribui tarefas e colhe resultados. Está atenta às críticas e sugestões que venham melhorar substancialmente o trabalho da liderança e consequentemente da organização em sua função diacônica ou em seu serviço. Só é possível libertar o homem ou a mulher de sua maneira egocêntrica de liderar aplicando os princípios do Mestre no Sermão do Monte, tão excelentemente expostos em Mateus, capítulos 5, 6 e 7. Aqui está o código de ética do Reino de Deus que deve ser aplicado "ipsis litteris" na vida da liderança para que haja mudanças profundas e saudáveis na organização.

Exercer a liderança altruísta é valorizar pessoas e não coisas.

Sabemos que quando valorizamos as pessoas, estas cuidam muito bem das coisas e de suas tarefas. A verdadeira liderança tem interesse em servir, comungar e acompanhar com interesse. Ela não é exercida infringindo medo, mas despertando coragem para participar do processo de gestão responsável e produtiva. Que Deus nos livre de uma liderança egocêntrica, interesseira, fria, calculista e descomprometida com valores éticos, morais do Reino. Que Deus seja glorificado em nossa liderança amorosa, servidora, catalizadora e empreendedora. Que os nossos alvos sejam: Glorificar a Deus e tornar os que lideramos em pessoas altruístas e servidoras, sempre fazendo o bem à semelhança de Jesus em sua caminhada.



AUTOR: Oswaldo Luiz Gomes Jacob

sexta-feira, 15 de abril de 2016

"UM AVISO DIVINO AOS PASTORES!"



Pastores qualificados e dedicados merecem o respeito e apoio das ovelhas por eles guiadas. Paulo disse: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” (1 Timóteo 5:17). O autor de Hebreus nos ensina: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros” (Hebreus 13:17). Homens fiéis que amam a Deus e aceitam a responsabilidade de ajudar seus irmãos chegarem ao céu devem ser tratados com respeito e apreço.

Infelizmente, alguns “pastores” não são dignos de honra. Alguns que se dizem conhecedores da palavra de Deus não são fiéis no seu ensinamento. Vamos considerar a mensagem de Jeremias 23 e algumas aplicações dela.

Jeremias profetizou nas últimas quatro décadas antes da queda de Judá à Babilônia. Ele chamou o povo, e especialmente os líderes dos judeus, ao arrependimento. Jeremias bem entendeu que o principal problema não foi uma questão de diplomacia ou poder militar. Este servo de Deus viu a corrupção do povo, de cima para baixo, como motivo do castigo divino iminente. No capítulo 23, ele apresenta uma mensagem de Deus que mostra a diferença entre o Pastor verdadeiro e fiel e os maus pastores que maltrataram as ovelhas do Senhor.



Ai dos pastores infiéis (Jeremias 23:1-4)

Deus falou aos líderes em Judá, dizendo que eram culpados de negligenciar e maltratar o rebanho dele. Preste atenção nos verbos que ele usa para descrever a conduta destes pastores: destruir, dispersar, afugentar e não cuidar. Pastores devem juntar, alimentar, cuidar, guiar e proteger, mas os pastores de Israel faziam tudo ao contrário!

Outra coisa marcante neste parágrafo é a maneira que Deus fala do rebanho. Ele o descreve como “o meu povo”, “as ovelhas do meu pasto” e “as minhas ovelhas”. A linguagem dele mostra o problema raiz do comportamento errado dos líderes. Eles não amavam o povo como Deus o amava! Para eles, ser pastor era uma posição de destaque, honra e privilégio. Para Deus, ser pastor era uma posição de responsabilidade, sacrifício e amor.

Hoje, ainda há muitos que olham para o cargo de pastor como uma posição de honra a ser cobiçada. Buscam o destaque e desejam a honra diante dos homens. Ao invés de agir humildemente como pastores no rebanho local (veja 1 Pedro 5:1-3), apresentam-se em todo lugar com o “título” de pastor. Em outras palavras, “Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens” (Mateus 23:6-7). Tais pastores não qualificados não cuidam do rebanho como devem.


O Renovo de Davi (Jeremias 23:5-8)

Em contraste total com os pastores infiéis, Deus apresenta o Renovo de Davi, conhecido posteriormente como o Bom Pastor (João 10:11). As qualidades do Messias, destacadas neste trecho, identificam um pastor totalmente diferente daqueles corruptos em Judá. Este descendente de Davi é um Rei justo e sábio, que executa a justiça (5). Enquanto os nomes dos infiéis cairiam em podridão (Provérbios 10:7), o nome deste Pastor é o mais exaltado de todos: “...será este o seu nome, com que será chamado: Senhor, Justiça Nossa” (versículo 6). O Bom Pastor seria a manifestação perfeita da justiça de Deus, e é identificado claramente no Novo Testamento como Deus (YHWH, Yahweh, Jeová ou Javé – cf. Hebreus 1:10-12, uma citação do louvor dirigido a Deus em Salmo 102; compare João 1:1; 8:24,58; etc.).

O Bom Pastor e seus servos fiéis (cf. 3 e 4) alimentam e cuidam do rebanho, dando-lhe uma habitação segura. Este Pastor não é ladrão, salteador ou mercenário (João 10:8,10,13). Ele é o Filho sobre a casa, que dá esperança aos seus servos perseverantes (Hebreus 3:6).


Os líderes contaminados (Jeremias 23:9-15)


Jeremias sentiu o efeito da palavra do Santo Senhor e ficou doente por causa da maldade do povo (9-10). Ele viu o povo sofrendo o castigo merecido por ser adúltero e rebelde. Mas esta maldade não era apenas das multidões irreligiosas que não se importavam com as coisas de Deus. Os líderes espirituais praticavam e incentivavam a iniquidade! “Pois estão contaminados, tanto o profeta como o sacerdote; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor” (11). Aqueles que tinham o dever de mostrar o caminho da luz iam tropeçar e cair no escuro (12,15). Os falsos profetas de Judá eram piores do que os de Samaria (13-14), e Deus já havia destruído Samaria! Estes líderes apoiavam e até incentivavam práticas erradas.

Hoje, muitas pessoas que se dizem pastores e evangelistas fazem a mesma coisa. Pregando um evangelho diluído e atualizado para atrair pessoas carnais, continuam adulterando a palavra de Deus para manter a lealdade delas. A palavra de Deus não deve ser alterada e atualizada pelo homem, porque já é perfeita e eterna. Cabe a nós aceitá-la como servos humildes do Senhor.


Não ouça! (Jeremias 23:16-22)

Freqüentemente, pessoas me dizem que tem o costume de assistir a diversos programas religiosos, porque “todos falam da palavra de Deus”. Outros andam visitando várias igrejas, mesmo sabendo que ensinam e praticam coisas erradas, porque “se sentem bem”. Ainda outros dão pouca importância ao estudo cuidadoso e constante da palavra de Deus, preferindo ler e ouvir as idéias e os ensinamentos de homens. Mas é isso o que Deus quer? No ambiente da confusão religiosa de Judá, o Senhor não falou para as pessoas ouvirem a todos. Ele disse: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (16). Jeremias havia profetizado da dureza do castigo divino, e os falsos mestres negavam seus ensinamentos, dizendo que Deus não ia castigar assim (veja um exemplo disso na desavença entre Jeremias e Hananias no capítulo 28). Hoje, há muitos pastores que dão falsas esperanças. Vamos considerar apenas dois exemplos: 1. Minimizar ou negar a gravidade de pecados que Deus condena. Justificam práticas claramente condenadas nas Escrituras, dando aos praticantes falsas esperanças da salvação. Deste modo, alguns justificam relações homossexuais e realizam casamentos de gays, outros apoiam a fornicação de casais que vivem amasiados. Muitos inventam todo tipo de argumento para passar por cima das instruções de Jesus sobre o casamento, divórcio e segundo casamento (Hebreus 13:4; Lucas 16:18; Mateus 19:9; etc.), aceitando e até incentivando casamentos adúlteros. Enchem as pessoas de falsas esperanças, pois muitas pessoas que continuam nestas práticas condenadas acreditam que entrarão no céu. Foram enganadas e ensinadas que 1 Coríntios 6:9-10 (pessoas que praticam tais coisas não herdarão o reino de Deus) não se aplica a elas! 2. Negar as condições dadas por Deus para a nossa salvação. Muitos pastores pregam a salvação barata, usando o raciocínio humano para negar os mandamentos de Deus. É incrível, e incrivelmente triste, ver até que extremo pastores chegam hoje para anular simples instruções de Deus sobre o arrependimento e o batismo para remissão dos pecados (Marcos 16:16; Atos 2:38; 22:16; etc.). Como os falsos profetas 600 anos antes de Cristo, estes mestres enganadores vão correndo para falar, mas não falam a palavra de Deus (21). O Senhor disse na época de Jeremias: “Mas, se tivessem estado no meu conselho, então, teriam feito ouvir as minhas palavras ao meu povo e o teriam feito voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações” (22).



Os sonhos e as visões (Jeremias 23:23-32)

Jeremias enfrentou um outro problema que ainda perturba as pessoas que buscam o Senhor hoje. Falsos profetas usavam seus próprios sonhos como se fossem revelações divinas, enganando as pessoas ingênuas. Deus disse:“Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando sucederá isso no coração dos profetas que proclamam mentiras, que proclamam só o engano do próprio coração? Os quais cuidam em fazer que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu companheiro....Portanto, sou contra esses profetas, diz o Senhor, que furtam as minhas palavras..., que pregam a sua própria palavra e afirmam: Ele disse! Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e com as suas mentiras e leviandades fazem errar o meu povo; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem, e também proveito nenhum trouxeram a este povo, diz o Senhor” (25-32).

Não é a mesma coisa que acontece hoje? Supostos profetas preferem falar o que vem do próprio coração, alegando ter sonhos e revelações de Deus, e não ensinam a verdade eterna que Deus revelou para todos na Bíblia. E muitos ouvintes dão mais importância às revelações particulares do que à mensagem das Escrituras. “A palavra do Senhor, porém, permanece eternamente” (1 Pedro 1:25).


Como nos proteger dos falsos mestres


Como podemos nos proteger dos pastores infiéis e dos falsos profetas? É essencial: 1. Ouvir a palavra do Senhor (Jeremias 22:29; Atos 28:25-27); 2. Acolher o amor da verdade (2 Tessalonicenses 2:10); 3. Discernir entre o certo e o errado (1 Tessalonicenses 5:21-22); e 4. Ser praticantes da palavra (Tiago 1:21-25).


AUTOR: Dennis Allan

quinta-feira, 14 de abril de 2016

"ONDE ESTÃO OS TIMÓTEOS DO SÉCULO 21?"



Esta indagação tem inquietado o meu coração. Tenho visto muita baixa qualidade no ministério pastoral hoje. Há muita gente no ministério que não é séria. Estamos no século 21 e precisamos de pastores comprometidos com o ministério delineado e fundamentado nas Escrituras.

Segundo John Stott, o apóstolo Paulo faz a Timóteo um apelo tríplice: apelo ético, apelo doutrinário e apelo vivencial. O velho líder, morto em 27 de julho de 2011, foi muito sábio nesta abordagem. Temos notado problemas muito sérios nestas três áreas. Aliás, elas são vitais no exercício do ministério concebido na Palavra de Deus. Fazem parte do DNA do ministério pastoral. Timóteo, discípulo de Jesus ensinado por Paulo, era um jovem pastor comprometido com o caráter de Jesus Cristo, pronto a perder a vida pela missão que o Senhor lhe havia confiado apenas por graça. Vejamos então os três apelos paulinos: ético, doutrinário e vivencial.

O APELO ÉTICO

Quando examinamos o apelo ético, ficamos estarrecidos. Há elementos com deformação de caráter exercendo a atividade ministerial. Elementos que usam de mentira, fazem do povo massa de manobra, não são sinceros em suas manifestações, não sabem liderar com mansidão, não honram seus compromissos financeiros, gastando mais do que ganham; usam de vaidade, aspiram uma vida confortável e o pódio; desejam carros sofisticados, gostam de roupas de grife, transitam em lugares não próprios, maltratam a família, buscam se aproveitar do povo para fins de lucro, exigem salários altos, não honram compromissos de agenda e pregam sermões dos outros como se fossem seus. Estão longe da ética do Reino de Deus. Não têm intimidade com o Senhor por meio da oração e da Palavra. Não fazem o culto doméstico. Vivem uma vida mundana, sem autoridade espiritual. 


O APELO DOUTRINÁRIO 

O apelo doutrinário está ligado ao compromisso com as doutrinas bíblicas, com a ortodoxia batista (no meu caso). Timóteo estava visceralmente ligado à verdade das Escrituras. Estas eram centrais em sua experiência como cristão e pastor. Paulo o orientou a combater o combate da fé. O apóstolo lembra a Timóteo e a Tito a verdade revelada. O velho pastor os ensinou a amar a Palavra, a tradição oral e escrita da parte de Deus por meio do Seu Espírito. A doutrina dos apóstolos e profetas estava enraizada em Tito e Timóteo. 

O pastor é aquele que está comprometido com a apologética, com a defesa da fé. Um homem versado nas Escrituras, cuja vida está pautada nelas. Stott indica que devemos defender, proclamar e ensinar a Sagrada Escritura com toda a fidelidade. Timóteo devia manejar muito bem a Palavra da Verdade (2 Tm 2.15). Paulo o orientou à leitura pública das Escrituras, à exortação e ao ensino (2 Tm 4.13). A exortação de Paulo a Timóteo é clara: "Tem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nessas coisas. Dessa forma, salvarás tanto a ti mesmo com os que te ouvem" (1 Tm 4.16). O pastor genuíno, chamado por Deus como homem comum para um trabalho extraordinário, deve amar as Escrituras, estudá-las com dedicação e zelo. Ensiná-las com convicção.


O APELO VIVENCIAL 

O último apelo de Paulo a Timóteo é o vivencial. A partir de uma vida íntegra (ética), um compromisso com a Palavra de Deus (doutrinário), temos a prática no dia a dia. Vida mais Escritura nos levam à vivência, ao testemunho fidedigno, absolutamente comprometido com o caráter de Deus Pai. Paulo ordenou a Timóteo a tomar posse da vida eterna. Esta vida eterna está bem exposta em João 17.3: "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Esta vida eterna foi-lhe dada quando ele creu na suficiência da obra de Cristo Jesus na cruz e na ressurreição. O Senhor Jesus é o modelo de vida do pastor. Ele é o Bom Pastor que dá a Sua vida pelas ovelhas (João 10.11). Deus, nosso Pai, tinha prazer na vida de Jesus Cristo, Seu Filho. Como pastores, devemos dar prazer ao nosso Senhor, Àquele que nos vocacionou. Que ao olhar para nós Ele veja ética, amor à Palavra e obediência. Que cada pastor siga e sirva a Jesus Cristo com alegria e singeleza de coração, sendo o exemplo para o rebanho.

À semelhança de Timóteo, os pastores mais jovens do século 21 precisam ouvir os mais velhos. Carecem de mentores, homens de Deus experimentados e aprovados. Não nos esqueçamos de que os Timóteos de hoje, do século 21, precisam testemunhar como Paulo, quando da despedida dos pastores de Éfeso: "Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contato que eu complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (At 20.24). 

Também, olharem para o velho apóstolo, preso em Roma, quando declara com profunda convicção: "Combati o bom combate, terminei a carreira, guardei a fé. Desde agora a coroa da justiça me está reservada, a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos quantos amarem a Sua vinda" (2 Tm 4.7,8). Os Timóteos do século 21 devem estar conscientes do equilíbrio entre ética, doutrina e vivência. O Senhor Jesus, nosso Pastor supremo, sabia, vivia e ensinava esse equilíbrio. 

John Stott pergunta: onde estão os Timóteos do século 21? Ao responder, ele diz: "Eles procuram ser leais não só a um ou outro desses apelos, mas para toda a revelação bíblica, sem pinçar o que lhes agrada mais. Eles buscam a retidão, combatem o combate da fé e tomam posse da vida eterna - tudo isso ao mesmo tempo". 

Deus é glorificado na vida dos ministros comprometidos com os Seus propósitos em Cristo Jesus! Louvado seja Deus pelos Timóteos do século 21! Que mais e mais obreiros assim sejam chamados, busquem a excelência no preparo e trabalhem arduamente para a salvação de vidas e a edificação da Igreja lavada pelo sangue de Jesus Cristo até que Ele volte!


AUTOR: Oswaldo Luiz Gomes Jacob

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

"SETE CONSELHOS SOBRE A CELEBRAÇÃO DO NATAL!"


Dia 25 de dezembro está se aproximando, e este articulista deseja deixar alguns conselhos a quem está confuso ou — apegando-se ao fato de que os símbolos do Natal secular (pinheirinho, bolas coloridas, Santa Claus etc.) têm origem pagã — resolveu se posicionar contra a celebração do Natal. Antes, porém, quero enfatizar que o Natal de Cristo, uma celebração genuinamente cristã e bíblica, nada tem que ver com o Natal secular.

No Natal de Cristo se celebra o nascimento do Salvador, a exemplo dos anjos (Lc. 02:13,14), dos pastores de Belém (Lc. 02.15-20) e dos magos do Oriente (Mt. 02.01-12); estes, pelo que se depreende da passagem mencionada, celebraram a chegada do Menino cerca de dois anos após seu nascimento. Já o Natal secular, como o próprio termo sugere, não é cristão, mas nem por isso é vedado a nós. Podemos, sim, com prudência e equilíbrio (cf. Iº Co. 06:12; 10:23; Iº Ts. 05:22), enfeitar nossa casa, fazer a nossa ceia, trocar presentes com parentes, amigos e colegas de trabalho ou na escola etc., pois fazer isso não é, de modo algum, agir como um idólatra.

Meus sete conselhos a quem se opõe à celebração do Natal são os seguintes:

Primeiro: pressione a tecla [Ironia] antes de continuar a leitura.

Segundo: não saia de casa! Mais que isso, tranque-se em algum lugar ou, de preferência, entre em uma caverna, sem nenhuma roupa, pois ela pode ter origem pagã.

Terceiro: não coma nada! Os alimentos também podem ter origem pagã.

Quarto: isole-se completamente e espere o momento de partir deste mundo pagão! Afinal, tudo o que pudermos imaginar tem algum vínculo histórico com o paganismo: a comemoração do nosso aniversário; o bolo de festa; o vestido de noiva com véu e grinalda etc.

Quinto: nem pense em ir a um shopping, não somente durante o mês dezembro. Em qualquer época do ano há referências pagãs nos centros comerciais, em universidades e até em igrejas. Não saia de casa! Esconda-se!

Sexto: seja extremamente rigoroso com tudo, rígido ao extremo, durante todos os meses do ano, e não somente em dezembro.

Sétimo: ignore essa conversa de que a salvação é pela graça e esforce-se ao máximo — faça o possível e o impossível — para não incorrer no erro mencionado em Mateus 23:24: "Coais um mosquito e engolis um camelo".

Agora pressione a tecla [Ironia] novamente e volte à realidade. Que tal glorificarmos a Deus, mesmo na data pagã de 25 de dezembro, pela encarnação do Verbo? Afinal, se ela não tivesse acontecido, o Senhor não teria morrido por nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação. Alegre-se com a sua família. Aproveite bem a companhia dos seus familiares e amigos, sem jamais, é claro, se esquecer do Aniversariante.

Feliz Natal — o Natal de Cristo — a todos!


Autor: Ciro Sanches Zibordi

quarta-feira, 20 de maio de 2015

"PORQUE JESUS ME AMA?"



Por que Jesus me Ama? "Oh! Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar!". Este é o trecho de uma música escrita há muitas décadas atrás. Todavia, não creio que alguém ainda tenha conseguido apresentar uma resposta que seja, no mínimo, satisfatória. Tentar entender as razões que levam Jesus a me amar é uma questão indecifrável, porém um sentimento é perfeitamente perceptível: "o Teu amor me constrange" - II Coríntios 5:14.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois sou tão inconstante e frequentemente me encontro nos labirintos das incertezas. Ainda assim Ele aparece como "Lâmpada para meus pés" - Salmos 119:105.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois sou pecador e indubitavelmente o afronto com minhas infantilidades espirituais. Ainda assim Ele surge como Aquele que "Perdoa os pecados e me purifica de toda injustiça" I João 1:9.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois muitas vezes insisto em trilhar caminhos desérticos e distantes. Ainda assim Ele se revela com a promessa de "Derramar águas sobre o sedento, e correntes sobre a terra seca" - Isaías 44:03.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois às vezes no meu intimo quero lutar e desembainhar a espada da ignorância contra meu próximo. Ainda assim Ele me aconselha: "não por força nem poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos" - Zacarias 4:6.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois de vez em quando me perco na onda da tristeza e me deixo levar até as profundezas da fraqueza intrínseca a minha existência. Ainda assim sou confrontado, pois: "Nem altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura me separará do amor de Deus, que está em Cristo Jesus" Romanos 8:39.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, pois mesmo quando subo no palco da vida e escuto os aplausos das multidões, às vezes, parece que está tudo errado. Ainda assim Ele me instrui a perceber que "o coração do homem propõem o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos" - Provérbios 16:9.

Por que Jesus me ama? Eu não posso explicar, e tenho certeza que até mesmo vivendo toda a eternidade será pouco para tentar desvendar uma resposta que consiga, ao menos, se aproxima das reais intenções que fazem o coração de Jesus bater no ritmo do amor. Nunca saberei por que Jesus ainda insiste em me amar, porém viverei tentando ser a manifestação deste amor tão incompreensível e desafiadoramente constrangedor.


AUTOR: Desconhecido. 

quarta-feira, 29 de abril de 2015

"INIMIGOS DA VOCAÇÃO!"


Conhecemos muitas pessoas inteligentes e capazes, mas no que se refere a obra é necessário muito mais que habilidade humana, é necessário dependência de Deus.

Lutero aborda esta questão da seguinte forma: " A vocação não deve ser assumida levianamente, pois não é o suficiente que uma pessoa tenha conhecimento. Ela precisa estar certa de haver sido devidamente vocacionada. Aqueles que exercem o ministério sem devida vocação almejam bom propósito, mas Deus não abençoa os seus labores. Eles podem ser bons pregadores, mas não edificam."É por isso que palavras bonitas e bem colocadas não edificam e nem mudam vidas. O papel pastoral é muito superior a um show ou apresentação. Somos canais de Deus e não podemos nos esquecer nunca que não somos nós, pastores, que temos o poder de mudar as vidas, mas sem dúvida somos uma ferramenta usada por Deus para encaminhar as vidas sedentas até Ele. Não despreze o seu chamado, Deus é quem te chamou e é fiel e justo para ajudá-lo nas suas limitações e dificuldades.

Segundo a junta de Educação teológica da Igreja Presbiteriana do Brasil, vocação pode ser definida nos seguintes termos: O chamado para o ministério é diferente em, pelo menos, três sentidos: (1) não se baseia em tendências, mas no chamado de Cristo mediante o conhecimento de sua vontade e o testemunho interior do Espírito Santo; (2) não objetiva uma profissão nem um cargo para realização pessoal, mas uma posição de serviço que requer abnegação e transformação de caráter; e (3) implica o cumprimento exemplar de obediência à Palavra em todo o processo de crescimento espiritual, e capacitações e habilitações para a pregação e o cuidado público e individual.

A vocação pastoral possui inúmeros inimigos:

1) Relativismo Missional
Jedeias citando Richard Baxter aborda que o obreiro vocacionado precisa ter cuidado com a fragmentação do evangelho, pois neste mundo tão ávido por novidades podemos incorrer inconscientemente, em oferecer fórmulas rápidas. Deus nos chamou com o objetivo de anunciar sua palavra que é rica e profunda, pois o evangelho é tão simples que uma pessoa iletrada pode entender e ao mesmo tempo é tão profundo que os mais hábeis cientistas não conseguem compreender. Não podemos esquecer que no evangelho além das bênçãos está embutido também a renúncia.
Este mundo pós moderno tenta sufocar as convicções da igreja, mostrando a inversão de valores através do relativismo. Não podemos esquecer que o homem é complexo, mas o evangelho é completo.

2) Pragmatismo Missional
Vivemos em um mundo capitalista e competitivo, e esse vírus do crescimento a qualquer custo muitas vezes quer contaminar o ambiente cristão.

Porque nós não estamos como tantos outros, mercadejando a Palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus" (2 Co 2.17).
Rubens Ramiro Muzio em seu livro DNA da Liderança Cristã, declara que muitos estão deixando de buscar orientação de Deus e estão  buscando estratégias mercadológicas coorporativas apenas. Nós pastores entendemos que administrar a igreja não é o mesmo que administrar uma empresa, podemos até emprestar algumas ferramentas para melhor atender a comunidade cristã, mas o perfil da igreja é completamente antagônico ao da empresa, toda e qualquer formação secular deve estar subordinada a nossa missão de proclamadores da palavra de Deus.

Muzio enfatiza que as propostas de crescimento não deve ser pautada em marketing, mas em visão missional contextualizada na teologia bíblica. Segundo Jedeias de Almeida muitos buscam crescimento a qualquer custo e sob qualquer bandeira.

Como vocacionados precisamos buscar em Deus equilíbrio para entender, que há momentos em nosso ministério que o crescimento se dá por outras formas e não somente em um rol de membros. Um planta, outro rega e outro colhe; porém, o crescimento vem de Deus. "De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento." 1 Coríntios 3:7.

É
inegável que nenhum pastor quer terminar o ano com o mesmo número de membros que iniciou, mas muitas vezes  o crescimento se dá em consolidação dos recém convertidos. Não podemos nos esconder atrás do ócio, mas também devemos ter claro em nossa mente que Deus dá o crescimento: 

3) Subjetivismo Missional
Jedeias em sua tese de doutorado, cita que atualmente pessoas tem escolhido, viver uma vida equivocada achando que a seleção para o ministério se faz na perspectiva do mercado, necessidades da oferta e da procura e não pela direção do Espírito  Santo. Tais escolhas estão fadadas ao fracasso, pois ser vocacionado não é buscar emprego.

Anísio Batista Dantas "Quem pensa que é fácil ser pastor não passa de um mal informado, ignorante e prepotente. Ser pastor não é ser dirigente de culto, é ser dirigente de vida e transmitir tudo aquilo que o doador da vida deseja que todos os homens recebam. Ser pastor não é falar bonito, ser bom orador. Ser pastor é ter paixão pelas almas".

Outro aspecto que Rubens Muzio aborda em seu livro, o pastor desde século precisa ter habilidades para corresponder as exigências atuais. Jedeias comenta que há pessoas que buscam capacitações e treinamento no nível corporativo e deixam de buscar o maior e melhor professor que é o Espírito Santo. Tais capacitações visam o antropocentrismo, e muitos se esquecem que ser vocacionados é viver uma vida cristocêntrica.

Administradores são indicados, governos são eleitos para um tempo específico e determinado, mas o pastor é chamado e vocacionado por Deus para ser porta voz em tempos de guerras e paz. Mac Arthur disse: Um chamado divino é inigualável, concedido a homens eleitos por Deus para serem ministros de Sua Palavra e servos de sua igreja.

Nossa vocação não é fruto da mão do homem, "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros João 15: 16 mas sim de uma escolha diretiva do Senhor, não devemos nos esquecer que estando em um  pequeno centro populacional ou em uma megalópole, pastoreando uma "pequena ou grande" igreja, tendo inúmeras habilidades ou sendo "limitados por vários contextos", foi Deus em seu olhar eterno que nos arrebanhou para sua cearaSomos privilegiados por Deus nos conceder tão grande responsabilidade de pastorear pessoas e ver que através de ministrações, de aconselhamentos e proposta de intervenções, almas são transformadas pelo poder que há no nome de Jesus e na Palavra de Deus. Somos abençoados por ver um Deus tão poderoso cuidar de maneira tão especial de nós e de nossas famílias. Às vezes temos dificuldades, mas não existe nada melhor do que sabermos que estamos cumprindo as ordens de nosso comandante (Deus) e ter convicção de que vai dar tudo certo, porque é Ele que está no comando. A este Deus que tudo sabe, que tudo vê, A  ele seja Glória, pelos séculos dos séculos. Amém-  I Pedro 05: 11.

AUTOR: Pastor Alessandro Francisco da Silva

terça-feira, 7 de abril de 2015

"MARIA, MÃE DE JESUS, PERMANECEU VIRGEM APÓS TER DADO A LUZ A CRISTO?"

Existe uma doutrina católica que afirma que Maria, mãe de Jesus, permaneceu virgem antes, durante e depois do parto. Porém, esse posicionamento está mais fundamentado nos dogmas católicos do que na própria Bíblia Sagrada que, segundo cremos, é a única e exclusiva revelação de Deus aos homens. Cremos que Cristo nasceu de forma extraordinária, num nascimento virginal. Mas será que Maria permaneceu virgem mesmo após o nascimento de Cristo? Vamos recorrer a Bíblia para elucidar essa questão.

Maria, mãe de Jesus, permaneceu virgem após ter dado à luz a Cristo?

Dentre vários argumentos possíveis, vou expor mais detalhadamente um que me parece ser suficiente para elucidar essa questão: Jesus tinha irmãos que eram filhos de Maria. Se ele tinha irmãos é impossível que Maria tenha permanecido virgem.

Os católicos argumentam nesse ponto: “Mas todos sabem que em hebraico o termo “irmão” pode indicar qualquer parentesco, como sobrinho (Gn. 12:05 e 13:08; 29:12-15), tio, primo (1 Cr. 23:22) e até amigo (Gn. 29:04).

Qualquer estudioso mais atento da Bíblia sabe que o Novo Testamento não foi escrito em hebraico, conforme o argumento católico acima, e sim em grego. Note, por exemplo, o que está escrito em Mateus 12:46: “Falava ainda Jesus ao povo, e eis que sua mãe e seus irmãos estavam do lado de fora, procurando falar-lhe.”

Fiz uma pesquisa desse mesmo texto na tradução Católica da Bíblia Ave Maria e nela está traduzido assim: “Jesus falava ainda à multidão, quando veio sua mãe e seus irmãos e esperavam do lado de fora a ocasião de lhe falar.” (Mateus 12:46 – Bíblia Ave Maria).

Ora, se o argumento é de que essa menção da palavra “irmãos” se refere a parentes próximos, porque não traduziram assim? Por que mantiveram a tradução como irmãos?

Simples: Porque realmente se trata dos irmãos de Jesus, filhos de Maria e José. A palavra grega usada no texto de Mateus 12.46 para irmãos é “adelphos”. Ela não é usada no Novo Testamento para designar parentes próximos. Os usos mais frequentes dela são para designar “um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe”, “um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição”, “irmãos em Cristo” (Léxico Strong – palavra grega G80).

Já a palavra hebraica comumente traduzida no Antigo Testamento por “irmão” e que também aceita tradução para parentes próximos é “’ach”, ou seja, não tem nada a ver com a palavra utilizada no Novo Testamento, onde estão os textos que falam dos irmãos de Jesus.

Temos ainda várias outras menções dos irmãos de Jesus no Novo Testamento. Em um dos textos até o nome deles são citados. E ainda nos é revelado que Jesus também tinha irmãs: “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs?” (Marcos 06:03).

A Bíblia ainda nos revela que os irmãos de Jesus não creram Nele por algum tempo: “Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele.” (João 07:05).

Mas depois se diz claramente que os irmãos de Jesus o seguiram após a sua ressurreição: “Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.” (Atos 01:14).

Assim, fica claro que Maria teve sim outros filhos e não permaneceu virgem após o nascimento de Cristo. Ela casou-se com José e seguiu normalmente sua vida de casada como qualquer moça da época.

Creio que essa argumentação seja suficiente, porém, ainda podemos pensar que Maria e José eram casados e que em nenhum momento a Bíblia afirma que não tinham uma vida normal de casados, pelo contrário, diz que Maria era mulher de José (Mateus 01:24). E sendo mulher de José, após cumprir a missão dada a ela pelo Senhor de dar à luz ao Cristo, cumpriu seu papel de esposa fielmente, dando a José aquilo que era de direito dele como esposo. E nisso não houve pecado da parte dela. Eles seguiram a cultura judaica que via nos vários filhos um sinal da bênção de Deus. O argumento católico de que Maria teria feito voto de castidade para toda a vida não pode ser sustentado à luz das Escrituras.
 
 
AUTOR: Presbítero André Sanchez

sexta-feira, 3 de abril de 2015

"SIGNIFICADO DA PÁSCOA!"



 "A VERDADEIRA PÁSCOA"

A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes do nosso calendário. Atualmente, tornou-se uma data tão comercial, que poucos lembram ou conhecem seu verdadeiro significado. Para além dos chocolates e presentes, reforço a origem do termo, que remonta a aproximadamente 1.445 anos antes de Cristo.

Para contextualizarmos, neste período, de acordo com a Bíblia, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó viviam como escravos há mais de quatrocentos anos no Egito. A fim de libertá-los, Deus designou Moisés como líder do povo hebreu (Êxodo 03-04).


Em obediência ao Senhor, Moisés dirigiu-se a Faraó a fim de transmitir-lhe a ordem divina: “Deixa ir o meu povo”. Para conscientizar o rei da seriedade da mensagem, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito.


No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas: Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar “todo primogênito... desde os homens até aos animais” (Êx.12.12).



A primeira Páscoa
 
Como os israelitas também habitavam no Egito, o Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx. 12.04).

 
Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”.

 
Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 01.29).

 
De acordo com a Bíblia, no livro de Êxodo, capítulo 12, versículo 31, naquela mesma noite Faraó, permitiu que o povo de Deus partisse, encerrando assim, séculos de escravidão e inaugurando uma viagem que duraria quarenta anos, até Canaã, a terra prometida.

 
A partir daquele momento da história, os judeus celebrariam a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria “estatuto perpétuo” (Êx. 12.14). Era, porém, um sacrifício comemorativo, exceto o sacrifício inicial no Egito, que foi um sacrifício eficaz.


 
Libertação
 
Assim sendo, lembremos, não somente nesta data, mas em todos os dias, o verdadeiro significado da Páscoa. Assim como o Todo Poderoso libertou os hebreus da escravidão no Egito, Deus quer nos libertar da escravidão do pecado e por isso, enviou seu Filho, Jesus Cristo, para que “todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo. 03.16) Vida esta conquistada com sangue “porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós.” (I Co 05.07).

Celebremos então a liberdade conquistada por Jesus Cristo na cruz para todos nós!

FONTE: Bíblia de Estudo Pentecostal - Editora CPAD.