Liderar é a arte de dividir tarefas,
descentralizar, acompanhar, aperfeiçoar e colher os frutos. Não combina com a
centralização e nem com o despotismo. Não pode ser fundamentada na vida do
líder. Não é personalismo, mas pessoalidade. Liderar é fazê-lo por princípios e
não por opiniões viciadas, voltadas para vantagens pessoais. Liderança
significa pensar no bem comum, no sucesso como fruto de compartilhamento na
organização. É buscar a excelência no trato com as pessoas. É contribuir para a
unidade na instituição. É promover " a participação de todos no esforço de
cada um". Contudo, o tempo que vivemos é estigmatizado pelo hedonismo,
pragmatismo e narcisismo. São três anomalias que adoecem qualquer liderança.
A liderança egocêntrica é marcada pelo personalismo.
Dos que estão compactuados com vantagens e
glória meramente pessoais. Pensar de si e para si é uma característica bem
definida da liderança marcada pelo egoísmo. Esta busca freneticamente o
reconhecimento dos liderados. Gosta do pódio. Exerce uma filosofia
maquiavélica, isto é, se utiliza de meios convenientes para gerar resultados.
Na cabeça da liderança egocêntrica está a megalomania ou mania de grandeza.
Esta turma gosta de colocar fotos na parede. É muito triste ver em nossas
comunidades, em nossas organizações filantrópicas, elementos comprometidos com
a adulação, bajulação e reconhecimentos visando o fortalecimento do cargo que
exerce. Os conchavos são a sua especialidade. A liderança egocêntrica não
aprecia cargas, mas cargos. Não gosta de servir, mas de ser servida. Não
facilita, mas problematiza. Essa liderança não tem coração. Ela é platônica, ou
seja, vive no mundo das ideias. Pensa nas vantagens pessoais a partir do seu
umbigo.
A liderança egocêntrica se vale do cargo para se promover.
Geralmente é uma liderança insensível em
relação às necessidades dos seus liderados produzindo medo. Não está afeita ao
companheirismo e nem a liberdade para críticas construtivas visando o bem da
organização. Essa liderança é despida de misericórdia em relação aos que
sofrem. Ela beneficia os apadrinhados, os companheiros que rezam na mesma
cartilha. Exclui ou despreza os que têm boas ideias, os que podem contribuir
para melhorar o serviço da instituição. Geralmente numa liderança exercida por
líderes egoístas as pessoas que pensam não são benvindas. Esses líderes têm
medo dos que podem revolucionar. A liderança egocêntrica é apequenada, medíocre
e sofrível. Tenho pena das pessoas que são lideradas por elementos assim.
Liderar de forma egocêntrica é um grande prejuízo para a
organização ou instituição.
É uma liderança dominadora ou ditadora, maldosa
e doentia. Ela é impessoal, pois está mais focada em coisas do que em pessoas.
Valoriza ações e não pessoas. Só sabe cobrar resultados, mas não investe
sabiamente nos seus liderados. Não tem amizade com a sua equipe. A sua
liderança é fria, formal e interesseira. Elimina os que pensam de forma
diferente. Não há diálogo, interatividade e companheirismo. A liderança egocêntrica
beneficia familiares e amigos (muitas vezes incompetentes) em detrimento dos
que não são familiares e não são amigos, mas são competentes.
A liderança egocêntrica está na contramão do bom senso e de todo
o ensino de Jesus Cristo.
O nosso modelo de liderança amorosa, altruísta,
saudável, sinérgica e revolucionária. A única maneira de combatermos a
liderança egoísta é substituí-la pela liderança comprometida com os valores
cristãos. Esta sim, está voltada para as pessoas, o seu bem-estar, premia o trabalho
criativo, encoraja, forma caráter, distribui tarefas e colhe resultados. Está
atenta às críticas e sugestões que venham melhorar substancialmente o trabalho
da liderança e consequentemente da organização em sua função diacônica ou em
seu serviço. Só é possível libertar o homem ou a mulher de sua maneira
egocêntrica de liderar aplicando os princípios do Mestre no Sermão do Monte,
tão excelentemente expostos em Mateus, capítulos 5, 6 e 7. Aqui está o código
de ética do Reino de Deus que deve ser aplicado "ipsis litteris" na
vida da liderança para que haja mudanças profundas e saudáveis na organização.
Exercer a liderança altruísta é valorizar pessoas e não coisas.
Sabemos que quando valorizamos as pessoas,
estas cuidam muito bem das coisas e de suas tarefas. A verdadeira liderança tem
interesse em servir, comungar e acompanhar com interesse. Ela não é exercida
infringindo medo, mas despertando coragem para participar do processo de gestão
responsável e produtiva. Que Deus nos livre de uma liderança egocêntrica,
interesseira, fria, calculista e descomprometida com valores éticos, morais do
Reino. Que Deus seja glorificado em nossa liderança amorosa, servidora,
catalizadora e empreendedora. Que os nossos alvos sejam: Glorificar a Deus e
tornar os que lideramos em pessoas altruístas e servidoras, sempre fazendo o
bem à semelhança de Jesus em sua caminhada.
AUTOR: Oswaldo
Luiz Gomes Jacob
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