O Apóstolo Paulo traz um ensino polêmico desde seus dias: obedecer às autoridades, pois foram instituídas por Deus (Romanos 13.1ss). Tinha em sua mente que cumprir as leis e seguir as autoridades é uma questão de coerência.
Veja o exemplo das leis tributárias: muitas pessoas que não pagam seus tributos justificam sua atitude pela existente corrupção do governo, inoperância dos departamentos públicos, ou falência generalizada do sistema governamental. Ao mesmo tempo em que deixam de cumprir suas responsabilidades, exigem luz nas vias públicas, saneamento básico, segurança, atendimento social em meio às catástrofes, justiça nos tribunais, atendimento policial, educação para as crianças e tantos outros serviços públicos de responsabilidade do Estado.
Ao não pagarem seus tributos, deixam a conta para outro cidadão pagar. Em outras palavras, aqueles que não pagam seus impostos roubam os que pagam. A corrupção e o abuso de autoridade não são combatidos com sonegação e rebeldia, mas com denúncia, resistência social e o voto consciente.
Ao cumprirem suas obrigações com as autoridades, as pessoas ganham autoridade na vida. A isso Paulo chama de consciência. Ganham uma boa consciência perante Deus, seus descendentes, diante das autoridades e diante de si mesmos.
As autoridades são pessoas que precisam de muita oração, carentes da graça de Deus, necessitados do conhecimento de Cristo. Mesmo que não temam ao Senhor, precisamos interceder por eles para serem justos e consistentes em suas decisões e ações.
Tive uma relevante experiência nos últimos quatro anos acompanhando em Brasília o trâmite de uma Lei. Ao todo, fiz quase 70 viagens, conversando pessoalmente com 17 Senadores e 35 deputados federais. Foi uma longa jornada. Mas o êxito somente veio pelo respeito recíproco que tivemos. Foram inúmeras conversas, discussões, muitas em audiências públicas. A boa vontade foi alcançada pelo bom testemunho que tive ao ser apresentado e mantido ao longo dos relacionamentos. Mesmo opiniões divergentes tiveram respeito recíproco. Tenho consciência que tudo aconteceu debaixo da benção de Deus e da deferência das autoridades com quem me relacionei. Confesso que após vivenciar tantos relacionamentos, minha oração por essas pessoas que ocupam cargos públicos mudou.
Posso afirmar com segurança que vale a pena ser um bom cidadão!
AUTOR: Rodolfo Garcia Montosa
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