quarta-feira, 26 de maio de 2010

"INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA"


"Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obrei r o que não tem de que se envergonhar, que MANEJA BEM A PALAVRA DA VERDADE". II Tm 2.15.

Quando Deus criou o Universo e todos os seres vivos, tinha em mente um plano que seria executado em lugares e épocas por Ele determinados. Esse plano visa à glorificacão do Seu nome em todo o Universo e durante toda a eternidade.

O veículo pelo qual Deus revela esse plano aos homens é a Palavra de Deus. Ela é o único documento autêntico que conta a verdade sobre a origem do Universo e do ser humano. Ela revela também o amor de Deus para com a criatura humana, mostrando-lhe o único Caminho para o céu, que é Jesus Cristo. O mundo rejeitou esse Caminho de redenção, seguindo as filosofias vãs da imaginação humana, como o apóstolo Paulo afirma em Romanos cap. 1. Essas filosofias resultaram no caos em que o mundo hoje se encontra. Bem falou Jeremias: "Os sábios envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria é essa que eles têm?" Jr 08.09. Felizmente, possuímos a Bíblia que nos orienta quanto à maneira de sair do caos que o pecado nos causou. Todo e qualquer problema pessoal encontra a solução em Cristo, que é nossa Vida, nossa Luz, a Fonte de amor, a Força, a Sabedoria, o Pão da Vida, o nosso Amigo e Guia.

Ao manusear as páginas sagradas, podemos contar com a presença do Espírito Santo, o Autor das Escrituras, de Quem disse Jesus: "O Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas... Ele vos guiará a toda a verdade... há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar". Jo 14.26; 16.13,14. O Espírito Santo já revelou em Hebreus 11.03 que... "Pela fé entendemos que foi o universo formado pela Palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem". Nas Escrituras o Espírito Santo revela todo o propósito de Deus através dos séculos.

Por conseguinte, a Bíblia manifesta as grandes e majes-tosas doutrinas sobre a Trindade, a origem, a queda, e a redenção do homem. Pela Bíblia aprendemos a verdade sobre a Igreja, sua origem e destino, a relação entre a graça e a lei, e bem assim as instruções necessárias para o crente. A profecia é parte integral das Escrituras e podemos afirmar que a Bíblia é o único Livro no mundo que apresenta legítimas profecias, autenticadas pelos acontecimentos históricos posteriores. As "épocas" ou "eras" e "dispensações" bíblicas constituem a "espinha dorsal" das Escrituras.

A interpretação certa das profecias dependerá do conhecimento dessas épocas históricas e os respectivos pactos vigentes entre Deus e os homens. A formulação sistemática dessas verdades divinas, que o estudo das dispensações proporciona, muito contribuirá para evitar erros crassos e grande confusão na interpretação da mensagem de Deus aos homens. Agostinho era desta opinião: "Distingam-se os períodos e as Escrituras se harmonizarão."

As divisões gerais que faremos da verdade bíblica nesta obra versam em torno de: 1) a terra; 2) o homem; e 3) os seres espirituais. Trataremos do mundo físico, do planeta Terra e das várias fases de sua existência. Em seguida estudaremos a história do homem, sua queda no Jardim do Éden, e sua redenção. Por fim, consideraremos o mundo dos espíritos, sua origem e seu destino final.

As Dispensações Bíblicas. A palavra "dispensarão" encontra-se quatro vezes no Novo Testamento, em I Co 09.17; Ef 01.10; 03.02; e Cl 01.25. A palavra grega é "oikonomia", da qual deriva-se a palavra "economia", que, segundo o Dicionário Prático Ilustrado, significa a "boa ordem na administração, na despesa de uma casa". Originalmente significava a mordomia ou gerência duma casa. (Em grego, casa é "oikos"). No uso bíblico a "dispensação" (oikonomia) representa a administração que Deus faz em Sua grande casa" universal, na qual estão afetos a Ele todas as inteligências, tanto homens como seres angelicais.

O estudo das dispensações revela os vários métodos usados por Deus em Suas relações com as diferentes classes de povo através dos vários períodos determinados por Ele a fim de lograr o Seu propósito. Por conseguinte, é necessário distinguir ou separar esses diversos períodos, a fim de "manejar bem a Palavra da verdade", como Paulo exortou a Timóteo. II Tm 02.15.

"Manejar bem" a Palavra significa, na linguagem de Paulo, "fazer um corte reto". O pedreiro constrói a parede em linha reta. O carpinteiro risca a obra em linha reta. O agricultor ara a terra em linhas retas. Semelhantemente, o obreiro do Senhor que interpreta a Bíblia, terá que interpretá-la corretamente - em linha reta! Para conseguir esse resultado, o intérprete da Palavra terá que entender os períodos ou "dispensações" e isso por sua vez requer o estudo diligente das Escrituras e a observação minuciosa da revelação divina aos homens.

O preguiçoso jamais saberá interpretar o pensamento divino. Por isso Paulo assim exortou a Timóteo: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar...” II Tm 02.15. A palavra "procura (no original grego, “spoudason") significa "apressar-se, ser diligente". Manejar bem significa usar as faculdades racionais, a inteligência, como em Isaías 01.18, onde Deus convoca Seu povo, “Vinde, pois e arrazoemos. diz o Senhor".

Paulo avisa contra o perigo de fraude na interpretação das Escrituras em II Co 04.02, dizendo: "... rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a Palavra de Deus..." "Adulterar", no original, é "dolos", que significa "pegar com isca". Portanto, tem o sentido de falsificar e corromper. Na antigüidade falsificavam ouro e vinho. Em todos os tempos levantaram-se falsos "mestres", e falsos "profetas" que por ensinos engenhosos têm conseguido enganar os incautos, causando-lhes a eterna destruição da alma.

Pedro referiu-se às epístolas de Paulo dizendo que nelas haviam "certas coisas difíceis de entender , que os ignorantes e instáveis deturpam, como também deturpam as demais Escrituras, para a própria destruição deles." II Pe 03.15,16. Como, então, é importante que saibamos, não "deturpar", mas sim interpretar corretamente (fazer o corte em linha reta!) a Palavra de Deus.

Isso significa que todas as idéias, noções e opiniões preconcebidas sejam postas de lado e que a própria Bíblia seja o intérprete de si mesma.

AUTOR: Nels Lawrence Olson

Extraído do Livro: O Plano divino através dos séculos. Editora CPAD.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

"EU APOIO ESTA IDÉIA ! VAMOS ORAR"





Louco desperdício

No dia 26 de agosto de 1727, 48 moravianos (antigos habitantes da atual República Tcheca) decidiram continuar em oração a partir da meia-noite daquele dia até a meia-noite do dia seguinte, revezando-se durante as 24 horas. No dia 27, já eram 77 irmãos orando e intercedendo, além de crianças que haviam se engajado nesta “aliança comunitária”. O bispo Hasse relata que, a partir desse dia, os moravianos não pararam de orar “por mais de cem anos”.

Fala-se muito em oração, mas ora-se muito pouco. A ausência da prática da oração em nossas vidas e em nossas igrejas é uma demonstração néscia de desperdício. Pois a oração é a ferramenta mais eficaz e o recurso mais precioso. Muitas vezes nós e nossos familiares estão no centro dos pedidos. Nada há de errado nisto, mas não é possível parar por aí. A intercessão em favor de outros é uma das marcas da igreja que serve.

Nestes tempos de uma espiritualidade centrada no indivíduo, o Mutirão de oração pelas crianças e adolescentes em risco é um bom exercício para que a igreja saia de si mesma, olhe para fora e intervenha no mundo dos pequenos, invadindo o terreno onde imperam pobreza, violência, desamor, fragilidade e trevas, e lutando para resgatar crianças feitas à imagem e semelhança de Deus.

Ultimato apoia este mutirão desde 2002. Anualmente paramos um tempo na primeira sexta feira do mês de junho, oramos todos e alguns de nós jejuam. Ao longo destes anos temos orado também pelos filhos de nossos colaboradores, para que não apenas sejam guardados, mas instrumentos nas mãos de Deus para abençoar outras crianças.

Falta pouco menos de um mês para o Mutirão! Será nos dias 4 a 6 de junho de 2010. Tempo suficiente para você mobilizar sua família, organização, comunidade de fé. Junte as crianças, os jovens e os idosos. Vamos nos lembrar de que durante estes dias estaremos juntos em oração.
Para mais informações visite nosso site. http://www.ultimato.com.br/

Rev. Elben M. Lenz César e Klênia Fassoni

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"HETEROSSEXUALIDADE SEM HOMOFOBIA E HOMOSSEXUALIDADE SEM HETEROFOBIA"


Na próxima semana, acontecerá aqui em Viçosa a 1ª Semana da Diversidade Sexual, envolvendo toda a comunidade universitária. Um dos objetivos é combater a “discriminação contra gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais”, o que tem sido chamado acertadamente de homofobia.

Se este objetivo for alcançado, me darei por satisfeito, mesmo não abrindo mão das minhas convicções cristãs contrárias à prática da homossexualidade. Primeiro, porque, em tempos bastante remotos, eu não sabia diferenciar uma coisa da outra, misturando a formação heterossexual com alguma dose de discriminação. Se todos somos igualmente marcados pelo pecado, tanto potencialmente como na prática, a discriminação torna-se ridícula e hipócrita, além de aumentar mais um pecado ao nosso vergonhoso currículo moral. Segundo, porque a oposição que alguns fazem ao homossexualismo não é educada, inteligente, coerente e caridosa. Há casos de agressão verbal e física. Em alguns setores muçulmanos acentuadamente fundamentalistas, os homossexuais podem até ser condenados à morte. Em maio de 1998 visitei o campo de concentração de Mauthausen, na Áustria, e vi uma placa assinalando que, entre os prisioneiros, alguns não eram nem judeus, nem inimigos políticos da Alemanha nazista, mas apenas homossexuais.

Em contrapartida, os homossexuais não podem dar lugar à heterofobia. Eles devem sair do armário sem pretender colocar os héteros dentro dos armários vazios. A sociedade precisa enxergar esse processo em andamento. Se os homossexuais podem defender a bandeira da homossexualidade, por que os heterossexuais não podem defender a bandeira da heterossexualidade?

Se a consciência de um homossexual não o deixa em paz, apesar do apoio ostensivo da mídia, de alguns profissionais da saúde e até mesmo de algum líder religioso, por que não se pode dar a ele auxílio psicológico ou pastoral, caso a pessoa espontaneamente o solicite? Se uma igreja se recusa a celebrar um casamento gay ou a ordenar padre ou pastor um homossexual praticante, por que zombar, perseguir, maltratar ou prender o responsável por esse comportamento, exigido por seu credo? Os homos querem liberdade de pensamento e de ação. O mesmo acontece com os héteros.

A prática homossexual é condenada pelas três religiões monoteístas do planeta: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo. No caso dos protestantes (este é o meu caso), enquanto estes se conservarem fiéis às Escrituras Sagradas, sua única regra de fé e prática, a conduta homossexual será considerada um desvio sexual. Mas à luz da mesma Bíblia, eu também não posso odiar o gay, a lésbica, o bissexual, o travesti e o transexual!
AUTOR: Rev. Elben M. Lenz César