sexta-feira, 29 de maio de 2009

"QUAL O PROPÓSITO DA SANTA CEIA"

“SANTA CEIA”

TEMA: Iº Coríntios Cap. 11 v. 23 ao 25

Ceia = Era um jantar. A segunda maior refeição do dia, tomada no fim da tarde ou no começo da noite.

Ceia antes de Cristo = (comer e beber juntos), simbolizava uma refeição de aliança na qual as duas partes tinham comunhão e prometiam lealdade uma a outra. (Gn. 26 v. 28 a 30), (Gn. 31 v. 44 ao 46).

A cerimônia da Santa Ceia foi instituída por Cristo na noite em que foi traído. (Mt. 26 v. 26 ao 29).

É uma ordem = (Iº Co. 11 v. 24 e 25).

Houve naquele dia (02) duas ceias.

1º A Páscoa = Lembrança da saída do Egito. (Ex. 12).

2º Santa Ceia =
Teve e tem 03 propósitos...

No PASSADO = (Iº Co. 11 v. 25). Em memória de mim. Lembrar do sofrimento e da morte de Cristo.

No PRESENTE = (Iº Co. 11 v. 33). Esperai uns pelos outros. Comunhão na Igreja, entre os irmãos.

O Partir do Pão = (At. 02 v. 42), (Iº Co. 10 v. 16).
Para dar graças = (Iº Co. 11 v. 20).

No FUTURO = (Iº Co. 11 v. 26). Até que venha. Glorificação da Igreja, a volta de Jesus.

O Cálice = Recorda o Sangue de Cristo vertido na cruz para nos salvar e purificar.

O Pão = Recorda o Corpo de Cristo que se entregou por nós, levou nossas dores e enfermidades.

Não é sacramento. Também não é Transubstanciação (corpo e sangue literal).

Nós não cremos assim. Para nós é só simbólico.

AUTOR: Presbítero Geraldo de Almeida Filho (Geraldinho)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

"PROSPERIDADE"

TEMA: IIº CORÍNTIOS CAP. 09 V. 10

1- A prosperidade é importante: Ponha seu coração em linha com a Palavra de Deus. Tenha a mente e as atitudes mudadas.

2- Etapas de prosperidade: Provisão = Você é chamado a prosperar. Você merece o melhor (não diga que não merece). Multiplicação = Deus quer o melhor para você.

3- A igreja de hoje não dá um bom testemunho: Quanto mais pobre, mais santo, mais agradável a Deus (Má confissão). Dinheiro não é do diabo, é de Deus (não devemos amar o dinheiro). (Iº Tm. 06 v. 09 e 10). Eu creio em prosperidade. Deus quer a sua prosperidade.

4- Para alguém colher, tem que semear: Semear é a parte da Graça de Deus. Profunda pobreza superabundou em riqueza (não espere ter muito para dar. É do pouco que se começa). (IIº Co. 08 v. 01 e 02). Deus não tem limites: Levanta o pobre do pó. (Iº Sm. 02 v. 06 ao 08). (IIº Co. 09 v. 06).

5- Você não dá para receber, mas dá por amor. O que semeia, recebe: Deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor. (II° Co. 08 v. 05). Não tente enganar a Deus; não dê nada que não seja a sua primícia. (Ml. 01 v. 14).

6- Tem que ser fiel nos dízimos e ofertas: (Ml. 03 v. 06 ao 14). (Pv. 03 v. 09 e10). (Sl. 37 v. 25).

7- Aceite a prosperidade como direito divino. Você nasceu para conquistar: Os caminhos de Deus fogem à nossa compreensão. (Ef. 03 v. 20). (Ec. 02 v. 26).

8- Deus pode devolver tudo o que lhe tomaram: (Jl. 02 v. 23 ao 27). (Sl. 01 v. 03).

PROSPERIDADE NÃO É RIQUEZA ! SER PRÓSPERO É TER AS NECESSIDADES SUPRIDAS.

“Se você quer ser próspero, tem que agradar a Deus”


Autor: Presbítero Geraldo de Almeida Filho

terça-feira, 26 de maio de 2009

"PRECISAMOS DE MAIS PASTORES"

“Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou”. 2 Tm 2.4

É impressionante o número de lideres diluindo o ministério pastoral. Faltam obreiros comprometidos com o ministério da Palavra e do apascentamento. Precisamos de mais PASTORES (com todas as letras maiúsculas) que exerçam só o ministério pastoral, que vivam na dependência de Deus. Pastores de tempo integral. Há muito trabalho para quem quer exercer o ministério integralmente.

Existe uma filosofia danosa de que somente no ministério pastoral não há muita coisa para fazer. Há também a idéia de que é constrangedor viver do ministério ou receber da igreja. Pastores que podem depender de Deus, por meio da igreja, devem se ocupar com “as coisas desta vida”? Paulo ensina que devemos nos dedicar de forma mais comprometida com a atividade pastoral. Ele diz que “o soldado não se embaraça com negócios desta vida” (2 Tm 2.4). O militar não pode se envolver com outra atividade que prejudique o exercício da segurança.

Precisamos refletir acerca da profundidade da vocação ministerial, suas implicações e o nosso compromisso. Muitos pastores do passado foram homens absorvidos pelo ministério apascentador. Homens que viviam pela fé. Deus sempre supriu suas necessidades, honrou sua confiança, suas famílias foram abençoadas, seus lares equilibrados, filhos formados, suas igrejas cresciam de forma equilibrada. Homens simples na prática ministerial.

Será que como pastores, temos, na prática, duvidado da provisão de Deus? Infelizmente, muitos obreiros não confiam na provisão de Deus para o sustento pastoral. Sou pastor há 25 anos e posso testemunhar que todo este tempo exerci o serviço pastoral de forma integral. Como é bom dependermos de Deus! Ele é infalível e jamais decepciona, é o mesmo Deus que faz milagres, o mesmo Deus que pregamos. Mas, não temos tempo para Ele. Ocupamo-nos com muitas coisas e nos esquecemos de que Ele quer o nosso tudo. Esquecemo-nos do essencial. Sabemos que o que agrada a Deus é a nossa fé (Hb 11.6). Ensinamos fé, mas não cremos que Deus pode agir nas adversidades do ministério.

Um dos meus autores prediletos, Dr. Ainden Wilson Tozer, que foi pastor de uma mega-igreja no Canadá, e um dos maiores profetas do século XX, disse: “A Igreja, neste momento, precisa de homens prontos a gastarem-se no combate das almas. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os mais fracos, da concupiscência da carne e da soberba da vida. Eles não serão forçados a fazer coisas sob pressão das circunstancias. A sua única motivação virá de dentro e de cima. Esta qualidade de liberdade é necessária, se queremos ter de novo profetas nos nossos púlpitos, em vez de mascotes. Estes homens livres servirão a Deus e a humanidade por motivos demasiado elevados para serem compreendidos pelo povo comum que se arrasta hoje para dentro e para fora do santuário. Eles não tomarão decisões com base no medo, não seguirão qualquer rumo só para satisfazer um desejo, não aceitarão qualquer serviço por razões financeiras. Não praticarão qualquer ato religioso, por mero costume. Nem permitirão a si mesmos ser influenciados por amor de publicidade ou pela ambição de uma boa reputação”. 1

A igreja necessita de pastores apaixonados pelo Senhor que os chamou; pela família, que os apóia; e pelas almas perdidas, mortas nos seus delitos e pecados. pastores cheios do amor do Pai, da graça de Cristo e do poder do Espírito Santo. Pastores de uma só tarefa, exclusiva, porque servimos a um Deus que quer exclusividade.

Não devemos dividir o ministério. Será que o Deus de ontem é diferente do Deus que atua hoje? Certamente Ele é o mesmo. Então, por que não cremos na Sua provisão para as diversas áreas da vida? Sei que há igrejas que não valorizam seus pastores. Estou certo que há muita infidelidade dentro das igrejas. Também que há muitos líderes dissimulados, céticos, que prejudicam os pastores. Nós sempre os teremos. Isto é bíblico. Contudo, precisamos ir contra a maré da infidelidade, acomodação, falta de visão e frieza. É mister que leiamos mais as epístolas pastorais, os profetas e a vida de Jesus. As biografias também nos estimulam a continuar a trabalhar nesta obra tão extraordinária mesmo sendo homens tão comuns. Que exerçamos o ministério de joelhos, na total dependência do Pai!

Apreciei muito o que Thomas Watson, um pastor puritano inglês, pregou no seu ultimo sermão em 24 de agosto de 1662, quando a igreja oficial da Inglaterra estabeleceu uma lei para que os puritanos parassem com a sua pregação ousada e se adequassem à liturgia anglicana. Ele, sabendo deste fato, disse: “Antes que eu me vá, devo oferecer alguns conselhos e orientações para suas almas. Eis as vinte instruções que tenho a dar a cada um de vocês, para as quais desejo a mais especial atenção”. Dentre as vinte orientações de Watson, gostaria de destacar algumas:
1) Antes de tudo, observa suas horas constantes de oração a Deus, diariamente. O homem piedoso é homem ‘separado’ (Sl 4.3);
2) Cuidado com o que ouve;
3) Segue a sinceridade;
4) Nunca se esqueça da prática do auto-exame;
5) Mantém vigilância quanto à sua vida espiritual;
6) Que o seu coração seja elevado acima do mundo (Cl 3.2);
7) Busque consolação nas promessas de Deus;
8) Não seja ocioso, mas trabalhe para ter o seu sustento. O pastor deve se afadigar no estudo e no ensino da Palavra.
9) Sirva a Deus com todas as suas forças;
10) Medite todos os dias sobre a eternidade. 2

Que preciosos conselhos para um ministério bem sucedido!

Autor: Oswaldo Luiz Gomes Jacob

"O LÍDER SERVO"

Os líderes mais eficientes são aqueles que usam seu poder e influencia para servir outras pessoas. Eles não o fazem por obrigação nem por recompensa, mas porque esse é o seu estilo de vida. E quanto mais servem, mais a sua liderança e influência crescem.

Embora o conceito de liderança de servo tenha se popularizado nos últimos anos, de forma alguma é um conceito novo, pois o encontramos por toda a Bíblia. Do Gênesis ao Apocalipse, a Palavra de Deus retrata a vida de muitos líderes que usaram sua posição e poder, não para obterem proveito próprio, mas para favorecer ao máximo as pessoas que os cercavam.

É claro que ninguém na Bíblia demonstrou melhor esse princípio do que Jesus Cristo. Isso é ilustrado no capítulo 2 de Filipenses, versículo 7, onde lemos: “antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo (...)”. De fato isso pode ser visto em todos os seus atos desde o início do seu ministério. Enquanto a maioria esperava um Messias que surgisse impondo seu poder e promovendo pela força mudanças radicais em todas as esferas da sociedade de sua época, Jesus iniciou um movimento que desencadeou uma verdadeira revolução de amor e serviço, que se estende até os nossos dias.

Ele serviu de várias formas: pregando às pessoas e ensinando-lhes a única verdade que poderia libertá-las; desfazendo cadeias e curando enfermos e, assim, removendo de muitas pessoas os flagelos que as atormentavam; exercendo misericórdia e demonstrando às pessoas que melhor é dar do que receber e mais importante é honrar do que ser honrado; e, finalmente, entregando sua própria vida numa cruz para que a redenção pudesse ser estendida a toda a humanidade.

Mas por que Jesus era uma pessoa tão diferente? O que fez com que o Mestre se tornasse o menor e o mais humilde dos servos? Em primeiro lugar, porque Ele entendia que no reino de Deus, serviço não é o caminho para a grandeza, mas a própria grandeza. Em segundo lugar, porque Jesus estava seguro de si mesmo, pois sabia perfeitamente quem era, de onde vinha, o que deveria fazer e para onde estava indo. Em terceiro lugar, e o mais importante, porque Jesus realmente amava as pessoas ao seu redor, amor esse descrito com precisão em João 13:1: “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.

Mesmo que as páginas da história humana estejam manchadas com as calamidades causadas por pessoas que fizeram mau uso do privilégio do poder, Jesus nos mostrou um modelo de liderança realmente eficaz, que honra a Deus e beneficia as pessoas. Nenhum outro em nenhuma época, influenciou ou influenciará o mundo mais do que ele. E o maior desejo dele sempre foi que os seus seguidores liderassem da mesma forma: servindo as pessoas com o melhor de suas habilidades.


Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir
e dar a sua vida em resgate por muitos. Mc 10:45


AUTOR: Davi de Souza

terça-feira, 19 de maio de 2009

"BIOGRAFIA DOS EVANGELISTAS"

MATEUS

Mateus (HB) “Dádiva de Deus”. “Dom de Deus”. “Presente de Deus”.
Levi (HB) “Unido, ajuntado, associado”.

Apóstolo de Cristo escritor do primeiro dos três evangelhos sinóticos, que tem sido o mais utilizado pela igreja. De acordo com o seu próprio Evangelho (Mt. 09 v. 09-13), seu nome original era Levi, filho de Alfeu, e foi chamado por Jesus junto ao mar da Galiléia, em Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era publicano, ou seja, cobrador de impostos, justamente a classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem impostos dos judeus para serem entregues as autoridade romanas. Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas Iscariotes, porém, que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus acompanhou de perto a vida pública de Cristo e se notam traços de sua antiga profissão de cobrador de impostos em determinadas passagens de seu Evangelho, que foi evidentemente escrito para a comunidade cristã recém-saída do judaísmo.
Esteve presente na Última Ceia, em diversas aparições de Jesus ressuscitado, na Ascensão e no dia de Pentecostes. Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de Tomé, o Novo Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréia em sua História Eclesiástica (História da Igreja), a única referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia. Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia. Seu falecimento ocorreu em 72 d.C. próximo a Hierapólis (Turquia) ou Etiópia.

MARCOS

Marcos (LT) “Servo de Marte”. “Martelo grande”.

Servo de Cristo de origem pouco conhecida, autor do segundo dos evangelhos sinóticos e considerado fundador da igreja do Egito e, também, fundador da cidade italiana de Veneza. Nascimento no ano 10 a.C. na Líbia. Tinha aproximadamente 20 anos de idade ou fosse cerca de 10 a 15 anos mais jovem que os discípulos na época da prisão e crucificação de Jesus. Seu nome aparece nas epístolas de Paulo, que se refere a ele como um de seus colaboradores que enviavam saudações de Roma. A principal fonte de informações sobre sua vida está no livro Atos dos Apóstolos. Filho de Maria de Jerusalém e primo de Barnabé, já se havia convertido ao cristianismo quando Paulo e Barnabé chegaram a Jerusalém, trazendo os auxílios da Igreja de Antioquia (At. 11 v. 30). Acompanhou Barnabé e Paulo a Antioquia (At. 12 v. 25), na hoje Turquia, onde atuou como auxiliar de Paulo, mas voltou à Jerusalém quando chegaram a Perge, na Panfília. Depois ele e Barnabé teriam embarcado para a ilha de Chipre (At. 13 v. 4-5), na sua primeira viagem apostólica, porém o apóstolo não voltou a ser mencionado nos Atos. De Chipre passou a evangelizar a Ásia Menor e, em decorrência de alguns conflitos, separou-se de Paulo e Barnabé em Perge (Panfília) e voltou para Jerusalém (At. 13 v. 13). Voltou a Chipre acompanhado apenas de Barnabé (At. 15 v. 39) e depois foi para Roma como colaborador de Paulo, prisioneiro naquela cidade (Cl. 04 v.10; Fm. 24). É possível que tenha deixado Roma antes da perseguição de Nero (64), pois depois (67) o apóstolo de Tarso, prisioneiro pela segunda vez, escrevia a Timóteo pedindo-lhe que levasse consigo, de Éfeso para Roma, o seu discípulo e colaborador, já que este lhe era muito útil em seu ministério (IIº Tm. 04 v. 11). Em Roma, também entrou em contato com Pedro, pois este, dirigindo-se aos fiéis do Ponto, da Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, saúda-as em nome do evangelista, a quem afetuosamente chama de filho (Iº Pe. 05 v. 13). Provavelmente escreveu em Roma o Evangelho que traz o seu nome e escreveu com base nas pregações de Pedro em Roma. Foi martirizado, segundo a tradição em 25 de abril de 68 d.C. em Alexandria ao ter seu corpo arrastado por uma parelha de cavalos.

LUCAS

Lucas (LT) “Luz. Luminoso. Brilhante.”

Lucas nasceu na Antioquia, Síria. Era médico, muito culto, e foi convertido e batizado por Paulo. Não foi um discípulo pessoal de Jesus. No ano 43 d.C., já viajava ao lado do apóstolo, sendo considerado seu filho espiritual. Escreveu o seu Evangelho em grego puro, quando Paulo quis pregar a Boa-Nova aos povos que falavam aquele idioma. Os dois sabiam que mostrar-lhes o caminho na própria língua facilitaria a missão apostólica. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus, o principal biógrafo da Virgem Maria. Quando das prisões de são Paulo, Lucas acompanhou o mestre, tanto no cárcere como nas audiências. Presença que o confortou nas masmorras e deu-lhe ânimo no enfrentamento do tribunal do imperador. Na segunda e derradeira vez, Paulo escreveu a Timóteo que agora todos o haviam abandonado. Menos um. "Só Lucas está comigo" E essa foi à última notícia certa do evangelista. A tradição cristã diz-nos que depois do martírio de Paulo o discípulo, médico e amigo Lucas continuou a pregação. Ele teria seguido pela Itália, Gálias, Dalmácia e Macedônia. E um documento traduzido por Jerônimo trouxe a informação que o evangelista teria vivido até os oitenta e quatro anos de idade. A sua morte pelo martírio em Patras, na Grécia, foi apenas um legado dessa antiga tradição. Todavia, por sua participação nos primeiros tempos, ao lado dos apóstolos escolhidos por Jesus, somada à vida de missionário, escritor e médico, transformou-se num dos pilares da Igreja. Na suas obras, Lucas dirigia-se a um certo Teófilo, amigo de Deus, que tanto poderia ser um discípulo como uma comunidade, ou todo aquele que entrava em contato com a mensagem da Boa-Nova através dessa leitura.

JOÃO

João (HB) “Deus é gracioso”. “Deus é bondoso”. “Graça do favor de Deus”.

Um dos 12 apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na Galiléia, no ano 10 d.C. João seria o mais novo dos 12 discípulos, tinha provavelmente cerca de vinte e quatro anos de existência, à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Autor do quarto evangelho cronologicamente o último a ser escrito e conhecido como o discípulo que Jesus amava. Foi o único apóstolo que acompanhou Cristo até a morte na cruz, ao lado de Maria. Pescador e filho do também pescador Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que auxiliavam os discípulos de Jesus, juntamente com o irmão mais velho, Tiago o Maior, foi convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André. Um dos mais jovens apóstolos de Cristo, ele e seu irmão, juntamente com Pedro, foram os discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus. De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus na montanha e sua angústia no Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir a Cristo que lhes fosse dado sentar um à direita, outro à esquerda. Da resposta de Jesus "do cálice que eu beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se distinguiriam dos demais pelo martírio. Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se realizou em Antióquia. Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa evangelização (Jo. 08 v. 14-15). Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua vida, morreu no ano 103 d.C. com 94 anos. A partir dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da província da Ásia e também ali escreveu (80-100) o Quarto Evangelho, o último dos Evangelhos canônicos, e as Epístolas, três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos, quando acompanhou Pedro na evangelização dos Samaritanos, com ele foi convencido por Paulo a desistir da imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro livro da Bíblia, onde narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as tribulações da Igreja e o seu triunfo final. É o homem da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

"CURSO BÁSICO DE TEOLOGIA"


CETEO (Centro de Estudos Teológicos)


Se você mora em Viçosa- MG ou na região, não perca a oportunidade e venha iniciar seus estudos teológicos.


Grade Curricular: 24 Matérias


Duração: 02 anos e 06 meses


Aulas: Todas as Segundas-Feiras


Horário: 19:30 hs as 22:00 hs


Local: Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Rua da Conceição, nº 146. Viçosa-MG


Mensalidade: R$ 20,00 (Vinte reais).
Diretor: Presbítero Geraldo de Almeida Filho (Geraldinho)
Maiores Informações: (0xx) 31 8807-0678

AS AULAS RETORNARÃO NO DIA 10 DE AGOSTO. APROVEITE PARA MATRICULAR.


"Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR" Os. 06 v. 03.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"ENCHE O TEU VASO DE AZEITE, E VEM"

TEMA: Iº SAMUEL Cap. 16 v. 01 b.

Encher = Presente do Indicativo.
Vaso = Objeto próprio ou destinado a conter substâncias líquidas e sólidas.
Azeite = Unção, poder, graça. Simboliza vida útil e vibrante, símbolo de regozijo, saúde.
Vem = Presente do Indicativo. É ir até ELE.
Porque = Me tenho provido de um rei. Escolhi alguém para ungir.

A unção tinha propósito. Para Rei. (Governar, Libertar). (Iº Sm. 09 v. 16)= Amanhã te enviarei um homem da terra de Benjamim, o qual ungirás por príncipe sobre o meu povo de Israel; e ele os livrará da mão dos filisteus; pois olhei para o meu povo, porque o seu clamor chegou a mim.

Para Sacerdote. (Interceder, Sacrificar). (Ex. 40 v. 13)= E vestirás Arão das vestes sagradas, e o ungirás, e o santificarás, para que me administre o sacerdócio.

Para Profeta. (Anunciar, Denunciar). (Is. 61 v. 01)= O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos.

Sem unção não há trabalho espiritual. Nada pode substituir a ação do Espírito Santo. (Lc. 24 v. 49)= E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. / (Ec. 09 v. 08)= Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.

Tem que ter unção nas colunas de nossa vida. (Gn. 28 v. 18)= Jacó levantou-se de manhã cedo, tomou a pedra que pusera debaixo da cabeça, e a pôs como coluna; e derramou-lhe azeite em cima. (Iº vez na Bíblia que fala sobre derramar unção).

A unção faz Deus agir. (II Rs. 03 v. 15)= Agora, contudo, trazei-me um harpista. E sucedeu que, enquanto o harpista tocava, veio a mão do Senhor sobre Eliseu. / (Iº Jo. 02 v. 20)= E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo.

Deus quer Ti ungir para que sejas Santo e santifique os outros. (Ex. 30 v. 25,26,28 e 29)= Disto farás um óleo sagrado para as unções. Com ele ungirás. Todos os seus utensílios. Assim santificarás estas coisas, para que sejam santíssimas; tudo o que as tocar será santo. (Ela ao se manifestar afeta todo aquele que é tocado. Quando um homem está ungido tudo o que ele toca recebe a mesma unção).
AUTOR: Presbítero Geraldo de Almeida Filho (Geraldinho)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

"FOGO DE DEUS"


TEMA: DEUTERONÔMIO Cap. 04 v. 24

A palavra Fogo do (LT) “Focu” significa: Desenvolvimento simultâneo de calor e luz. Essa palavra aparece 378 vezes no AT. Fogo do (GR) “Pur” que significa: Pura, febre. É aplicado na Santidade de Deus, que consome tudo o que é inconsistente com ela. (AP. 01 v. 14) = “E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo.” / Os olhos de JESUS emblemáticos de julgamento penetrante, que procuram o mal.

Fogo como Presença de DEUS: (Ex. 19 v. 18) = “E todo Monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente.” / O Fogo é o assessor de Deus nas suas manifestações.

Fogo como Aliança de DEUS: (Gn. 15 v. 17) = “E sucedeu que, posto o sol, houve escuridão; e eis um forno de fumaça e uma tocha de fogo que passou por aquelas metades.”

Fogo como Disciplina de DEUS: (Nm. 11 v. 01) = “E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.”

Fogo como Provação de DEUS: (Dn. 03 v. 21) = “Então aqueles homens foram atados com as suas capas, e seus calções, e seus chapéus, e suas vestes e foram lançados dentro do forno de fogo ardente.”

Fogo como Avaliador de DEUS: (Iº Co. 03 v. 13) = “A obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.”

Fogo como Aceitação de DEUS: (Lv. 09 v. 24) = “Porque o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo todo povo, jubilou e caiu sobre as suas faces.” / Fogo (HB) Isseh: Oferta feita por fogo. O fogo transformava a oferta em fumaça e ela subindo ao céu simbolizava a recepção de Deus da oferta.

Fogo como Julgamento de DEUS: (Lc. 03 v. 09) = “E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo.”

Fogo como Poder de DEUS: (Hb. 01 v. 17) = “E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labareda de fogo.” / (GR) Pholox: Brilhar, Chama de Fogo.

AUTOR: Evangelista Geraldo de Almeida Filho (Geraldinho)

terça-feira, 5 de maio de 2009

“SOBRE LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS”

TEMA: LAMENTAÇÕES Cap. 03 v. 25 ao 27

A palavra Lamentação vem do Hebraico e significa: Uma canção triste ou composição poética consagrada ao luto e à tristeza.

Jeremias frisa a esperança de Jerusalém na misericórdia de Deus. Mediante muitas comparações, o profeta mostra que foi Deus quem trouxe o cativeiro e a desolação de Jerusalém em 586 aC. Na amargura da situação, o escritor pede a Deus que se lembre de sua aflição, e expressa fé na benevolência e nas misericórdias de Deus.

Três versículos sucessivos usam no início a palavra “bom”, e mostram que é apropriado esperar a salvação da parte do Senhor. (Lm. 03 v. 25, 26 e 27) Deus causou o pesar, mas mostrará também misericórdia. Mas por ora, não obstante a confissão de rebeldia, Deus não perdoou; bloqueou as orações.

É bom para o homem suportar jugo na sua mocidade. Muitos dos jovens a quem Jeremias estava se referindo haviam sido levados como cativos para a Babilônia. É para aliviá-los que Jeremias escreve este versículo. Note que Jeremias não culpa os Babilônios. Ele diz que, em última instância, quem está trazendo este jugo sobre aqueles jovens é Deus mesmo. Este jugo é como aquele que é representado pelos mandamentos de Deus. É muito bom que aprendamos desde cedo que temos sérias obrigações para com Deus e não podemos pretender que Deus aceita qualquer coisa. Nunca é cedo demais para começarmos a nos moldar pelo molde de Deus. Sem o jugo que Deus nos impõe a grande maioria de nós seria como touros indomáveis que não se ajustam ao uso da canga e se tornam improdutivos.

PRECISAMOS VER: (Lm. 03 v. 01) = “Eu sou aquele homem que viu a aflição pela vara do seu furor.” / (Ap. 03 v.18) = “E que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas.” Igreja de Laodicéia.

PRECISAMOS SER GUIADOS: (Lm. 03 v. 02) = “Ele me guiou e me fez andar em trevas e não na luz.” / (Sl. 73 v. 24 e 25) = “Guiar-me-ás com o teu conselho, e depois me receberás na glória. Quem tenho eu no céu senão a ti ? E na terra não há quem eu deseje além de ti.”

PRECISAMOS SER O ALVO DE DEUS: (Lm. 03 v. 12) = “Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha.” / (Sl. 84 v. 09) = “Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido.” Filhos de Core.

PRECISAMOS CONFIAR NA MISERICÓRDIA: (Lm. 03 v. 22) = “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim.”

PRECISAMOS TER O SENHOR COMO NOSSA PORÇÃO: (Lm. 03 v. 24) = “A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto esperarei nele.”

PRECISAMOS CRER QUE O SENHOR É BOM: (Lm. 03 v. 25) = “Bom é o SENHOR para os que esperam por ele, para a alma que o busca.”

PRECISAMOS TER ESPERANÇA: (Lm. 03 v. 26) = “Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR.”

PRECISAMOS SUPORTAR O JUGO: (Lm. 03 v. 27) = “Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade.” / (Is. 10 v. 27) = “E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção.”

Autor: Presbítero Geraldo de Almeida Filho (Geraldinho)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

"AS PRAGAS DO EGITO"

Estas terríveis pragas tiveram por fim levar Faraó (Faraó, era o título dado ao monarca do Egito) a reconhecer e a confessar que o Deus dos hebreus era supremo, estando o seu poder acima da nação mais poderosa que era então o Egito (Ex 9.16; 1Sm 4.8) cujos habitantes deveriam ser julgados pela sua crueldade e grosseira idolatria.

1 - Águas em Sangue: Os egípcios tributavam honras divinas ao rio Nilo, e reverenciavam-no como o primeiro dos seus deuses. Diziam que ele era o rival do céu, visto como regava a terra sem o auxílio de nuvens e de chuva. O fato de se tornar em sangue a água do sagrado rio, durante sete dias, era uma calamidade, que foi causa de consternação e terror. (Ex 7.14…)

2- A praga das rãs: Na praga das rãs foi o próprio rio sagrado um ativo instrumento de castigo, juntamente com outros dos seus deuses. A rã era um animal consagrado ao Sol, sendo considerada um emblema de divina inspiração nas suas intumescências. O repentino desaparecimento da praga foi uma prova tão forte do poder de Deus, como o seu aparecimento. (Ex 8.1…)

3- Piolhos: A praga dos piolhos foi particularmente uma coisa horrorosa para o povo egípcio, tão escrupulosamente asseado e limpo. Dum modo especial os sacerdotes rapavam o pelo de todo o corpo de três em três dias, a fim de que nenhum parasitos pudessem achar-se neles, enquanto serviam os seus deuses. Esta praga abalou os próprios magos, pois que, em conseqüência da pequenez desses insetos, eles não podiam produzi-los pela ligeireza de mãos, sendo obrigados a confessar que estava ali o “dedo de Deus” (Ex 8.19).

4- Moscas: As três primeiras pragas sofrem-nas os egípcios juntamente com os israelitas, mas por ocasião da separou Deus o povo que tinha escolhido (Ex 8.20-23). Este milagre seria, em parte, contra os sagrados escaravelhos, adorados no Egito.

5- Peste no gado: A quinta praga se declarou no dia seguinte, em conformidade com a determinação divina (Ex 9.1). Outra vez é feita uma distinção entre os egípcios e os seus cativos. O gado dos primeiros é inteiramente destruído, escapando à mortandade o dos israelitas. Este milagre foi diretamente operado pela mão de Deus, sem a intervenção de Arão, embora Moisés fosse mandado a Faraó com o usual aviso.

6- Úlceras e tumores: (Ex 9.8) A sexta praga mostra que, da parte de Deus, tinha aumentado a severidade contra um monarca obstinado, de coração pérfido. E aparecia agora também Moisés como executor das ordens divinas; com efeito, tendo ele arremessado no ar, na presença de Faraó, uma mão cheia de cinzas, caiu uma praga de úlceras sobre o povo. Foi um ato significativo. A dispersão de cinzas devia recorda aos egípcios o que eles costumavam fazer no sacrifício de vítimas humanas, concorrendo o ar, que era também uma divindade egípcia, para disseminar a doença.

7- A Saraiva: (Ex 9.22) Houve, com certeza. algum intervalo entre esta e a do nº 6, porque os egípcios tiveram tempo de ir buscar mais gado à terra de Gósen, onde estavam os israelitas. É também evidente que os egípcios tinham por esta ocasião um salutar temor de Deus de Israel, e a tempo precaveram-se contra a terrível praga dos trovões e da saraiva. (Ex 9.20).

8- Os gafanhotos: Esta praga atacou o reino vegetal. Foi um castigo mais terrível que os outros, porque a alimentação do povo constava quase inteiramente de vegetais. Nesta ocasião os conselheiros de Faraó pediram com instância ao rei que se conformasse com o desejo dos mensageiros de Deus, fazendo-lhes ver que o país já tinha sofrido demasiadamente (Ex 10.7). Faraó cedeu até certo ponto, permitindo que somente saíssem do Egito os homens; mas mesmo isto foi feito com tão má vontade que mandou sair da sua presença a Moisés e Arão (Ex 10.7-11). Foi então que uma vez mais estendeu Moisés o seu braço à ordem de Deus, cobrindo-se a terra de gafanhotos, destruidores de toda a vegetação que tinha escapado da praga da saraiva. Outra vez prometeu o monarca que deixaria sair os israelitas, mas sendo a praga removida, não cumpriu a sua palavra.

9- Três dias de escuridão: A praga das trevas mostraria a falta de poder do deus do sol, ao qual os egípcios prestavam culto. Caiu intempestivamente a nova praga sobre os egípcios, havendo uma horrorosa escuridão sobre a terra durante 3 dias (Ex 10.21). Mas, os israelitas tinham luz nas suas habitações. Faraó já consentia que todo o povo deixasse o Egito, devendo contudo, ficar o gado. Moisés, porém rejeitou tal solução. Sendo dessa forma a cegueira do rei, anunciou a última e a mais terrível praga que seria a destruição dos primogênitos do Egito (Ex 10.24-11.8). Afastou-se Moisés irritado da presença de Faraó cujo coração estava ainda endurecido (Ex 11.9,10).

10- A morte dos primogênitos: Foi esta a última e decisiva praga (Ex 11.1). E foi, também, a mais claramente infligida pela direta ação de Deus, não só porque não teve relação alguma com qualquer fenômeno natural, mas também porque ocorreu sem a intervenção de qualquer agência conhecida. Mesmo as famílias, onde não havia crianças, foram afligidas com a morte dos primogênitos dos animais. Os israelitas foram protegidos, ficando livres da ação do anjo exterminador, pela obediência às especiais disposições divinas.

FONTE: Dicionário Bíblico Universal

"A EXISTÊNCIA DE DEUS"

O fato da existência de Deus é tanto o ponto de partida lógico como o escriturístico de um estudo sistemático da doutrina da Bíblia. É o ponto de partida lógico porque o fato da existência de Deus sotopõe-se a todas as outras doutrinas da Bíblia. Sem a existência de Deus todas as outras doutrinas da Bíblia seriam sem sentido. É o ponto de partida escriturístico porque disso nos capacita o primeiro verso da Bíblia.

I. A existência de Deus está assumida na Bíblia.

A Bíblia principia por assumir e declarar a existência de Deus sem empreender prová-la. Isto é um fato digno de nota. Ao comentá-lo, diz J. M. Pendleton em "Christian Doctrines": "Moisés, sob inspiração divina, teve, sem dúvida, as melhores boas razões para o curso adotado por Moisés; a saber:
O autor crê que isto é verdade e crê que há pelo menos três razões para o curso adotado por Moisés; a saber:

1. ISRAEL, EM CUJO BENEFÍCIO MOISÉS ESCREVEU PRIMÁRIAMENTE, JÁ CRIA EM DEUS

Daí, o propósito de Moisés, que foi mais prático que teológico, não erigiu uma discussão de provas da existência de Deus.

2. AS EVIDÊNCIAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS SÃO VISÍVEIS E VIGOROSAS

Assim, foi necessário, mesmo para a raça humana como um todo, que um discurso prático tratasse das evidências da existência de Deus. Mas o nosso estudo é teológico bem como prático; logo, é-nos oportuno notar estas evidências visíveis e vigorosas. Elas nos vêem da:

(1) Criação Inanimada

A. A matéria não é eterna e, portanto deve ter sido criada.

George McCready Price, autor de "Fundamentals of Geology" e outros livros científicos, diz: "Os fatos da radioatividade proíbem muito positivamente a eternidade passada da matéria. Daí, a conclusão é silogística: a matéria deve ter-se originado ao mesmo tempo no passado..." (Q. E. D., pág. 30). O Professor Edward Clodd diz que "tudo aponta para uma duração finita da criação atual" (Story of Creation, pág. 137). "Que a forma presente do universo não é eterna no passado, mas começou a ser, atesta-nos não só a observação pessoal senão também o testemunho da geologia" (A. H. Strong Sistematic Theology, pág. 40).

B. A matéria deve ter sido criada por outro processo que não os naturais; logo, a evidência de um criador pessoal.

Diz o Prof. Price.: "Há uma ambigüidade de evidência. Tanto quanto a ciência moderna pode lançar luz sobre a questão, deve ter havido uma criação real dos materiais de que se compõe o nosso mundo, uma criação inteiramente diferente de qualquer processo agora em voga, tanto em qualidade como em grau". (Q. E. D. pág. 25). A origem das coisas não se pode computar sobre uma base naturalística. Buscando assim fazer, Darwin foi obrigado a dizer: "Estou num lamaçal desesperado." Alguém podia falar tanto de livros serem escritos pelas leis da soletração e da gramática como do universo ser feito pela operação de mera lei.
Assim está a Bíblia de inteiro acordo com os achados da ciência moderna quando ela declara: "No princípio Deus criou os céus e a terra." (Gênesis 1:1).

(2) Criação Animada

A. A Matéria viva não pode provir da não-viva.

Escrevendo no "London Times", disse Lord Kelvin: "Há quarenta anos perguntei a Liebig, andando nalgum lugar pelo campo, se ele acreditava que o capim e as flores que víamos ao nosso redor cresciam por meras forças químicas". Ele respondeu: "Não mais do que eu podia crer que um livro de botânica que as descrevesse pudesse crescer por meras forças químicas". Numa preleção perante o Instituto Real de Londres, Tyndall afirmou candidamente os resultados de oito meses de árduos experiências como segue: "Do princípio ao fim do inquérito não há, como vistes, uma soma de evidência a favor da doutrina de geração espontânea... Na mais baixa como na mais elevada das criaturas organizadas o método da natureza é: que a vida será o produto de vida antecedente". O Professor Conn diz: "Não há a mais leve evidência de que a matéria viva possa surgir da matéria morta. A geração espontânea está universalmente vencida" (Evolution of Today, pág. 26). E o Sr. Huxley foi forçado a admitir: "A doutrina que a vida somente pode vir da vida está vitoriosa em toda a linha" (The Other Side of Evolution, pág. 25).

B. Desde que a matéria não é eterna, a vida física, que envolve a matéria viva, não pode ser eterna.

O fato de a matéria não ser eterna proíbe a suposição que a vida física é o resultado de uma série infinita de gerações. E desde que, como vimos, a matéria não pode provir da não-viva, somos forçados a aceitar o fato de um criador pessoal, não-material.

(3) A Consciência Humana

Para fins práticos, a consciência pode ser definida como a faculdade ou poder humano de aprovar ou condenar suas ações numa base moral. O apóstolo Paulo, um dos maiores eruditos do seu tempo, afirmou que os pagãos, que não tinham ouvido de Deus ou de Sua lei, mostravam "a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e seus pensamentos, ora acusando-se, ora defendendo-se" (Romanos 2:15). Paulo assim afirmou de homens que não aprenderam de um padrão moral autorizado e tinham um senso comum do direito e do errado. Eruditos modernos nos dizem que os povos mais rudimentares da terra têm consciência.
Não se pode dizer, portanto, que o homem tem consciência por causa dos ensinos morais que ele recebeu. Não se pode duvidar que a instrução moral aguça a consciência e faz sua sensibilidade mais pungente; mas a presença da consciência no pagão ignorante mostra que a educação moral não produz consciência.
A consciência, então, nos capacita da existência da lei. A existência da lei implica a existência de um legislador; logo a consciência humana atesta o fato da existência de Deus.

(4) Ordem, Desígnio e Adaptação no Universo,

Ordem, desígnio e adaptação permeiam o universo. "Desde que a ordem e a colocação útil permeiam o universo, deve existir uma inteligência adequada para dirigir esta colocação a fins úteis" (Strong, Systematic Theology, pág. 42).
Vemos ordem maravilhosa nos movimentos dos corpos celestes. Observamos desígnio admirável no fato de o homem respirar ar, tira muito do oxigênio e devolve o ar carregado de dióxido de carbono, que é inútil ao homem. As plantas, por sua vez, tomam o dióxido de carbono, um alimento essencial da planta, do ar, e deitam oxigênio. Temos admirável adaptação no ajuste do homem para viver sobre a terra e no ajuste da terra para lugar de habitação do homem.
Tudo disto evidencia um criador inteligente. É o suficiente para convencer a quaisquer cujas mentes não estão cegadas pelo preconceito. Alguém podia crer do mesmo modo que é por acidente que os rios nos países civilizados banham povoações e cidades como crer que a ordem, o desígnio e a adaptação no universo são produtos de mero acaso.

(5) A Bíblia

A referência aqui não é ao testemunho da Bíblia concernente à existência de Deus. É ilógico dar a autoridade da Bíblia como prova da existência de Deus, porque a autoridade da Bíblia implica a existência de Deus. Semelhante curso vale por perguntar a pergunta: Mas referimos aqui a:

A. A natureza do conteúdo da Bíblia

Bem falado foi que a Bíblia é um livro tal que o homem não o podia ter escrito, se o quisesse, como não o teria escrito, se pudesse. Ela revela verdades que o homem, deixado a si mesmo nunca podia ter descoberto. Uma discussão mais ampla desta fato virá no próximo capítulo. E, se o homem pudesse, porque escreveria ele um livro que o condena como criatura pecaminosa, falida, rebelde, merecendo a ira de Deus? É da natureza humana condenar-se assim a si mesma?

B. A profecia cumprida

O cumprimento minucioso de dezenas de profecias do Velho Testamento está arquivado em o Novo Testamento, o qual traz a evidência interna de uma história verossímil. O cumprimento da profecia evidencia um ser supremo que inspirou a profecia.

C. A Vida de Jesus

Aceitando o testemunho do Evangelho como possuindo as credenciais de uma história verossímil, vemos em Jesus uma vida singular. Nem a hereditariedade, nem o ambiente, as duas forças naturais na formação do caráter, podem dar conta de Sua vida. Assim temos evidência de um ser divino que habitou Jesus.

D. A Ressurreição de Jesus

A ressurreição de Jesus, como um fato sobrenatural e bem atestado mostra que Ele era divino. Temos assim subsequente evidência de que há um ser divino.
Prova da ressurreição de Jesus. Depois de ouvir uma conversação num trem entre dois homens que discutiam a possibilidade de ser enganado sobre a ressurreição de Jesus, W. E. Fendley, advogado de Mississippi, escreveu um artigo que foi publicado no "Western Recorder" de 9 de dezembro de 1920. Ele abordou a matéria como advogado e deu as três seguintes razões para negar a plausibilidade da sugestão que o corpo de Jesus foi roubado: (1) "Não era ocasião oportuna para roubar o corpo". O fato que três festas judaicas ocorreram no tempo da crucificação certifica que as ruas de Jerusalém estariam cheias de gente. Por essa razão o Sr. Fendley diz que não era boa ocasião para roubar-se o corpo. (2) "Havia cinco penalidades de morte ligadas ao roubo do corpo e nenhuma delas foi imposta ou executada". As penalidades são dadas como sendo: primeira, por permitir que o selo fosse rompido; segunda, por quebrar o selo; terceira, por roubar o corpo; quarta, por permitir roubar o copo; quinta, por dormir quando em serviço. (3) "Nego outra vez o alegado sobre o fundamento de testemunho premeditado e não premeditado." E então ele mostra como os soldados vieram do sepulcro e disseram que um anjo os enxotará de lá e que, quando peitados pelos fariseus, disseram que o corpo de Jesus fora roubado enquanto eles, soldados, dormiram.
O Sr. Fendley prossegue dando cinco pontos que se devem crer para crê-se neste relatório dos soldados, que são: (1) "Devem crer que sessenta e quatro soldados romanos sob pena de morte dormiram todos de uma vez". (2) "Devem aceitar o testemunho dos dorminhocos". (3) "Devem crer que os discípulos, que estavam tão medrosos, todos de uma vez se tornaram tremendamente ousados". (4) "Outra vez, devem crer que os ladrões tiveram bastante tempo de dobrar as roupas mortuárias e colocá-las aceiadamente de um lado". (5) "Também devem crer que esses discípulos arriscariam suas vidas por um impostor defunto, quando o não fizeram por Salvador vivo".

3. O FATO DA EXISTÊNCIA DE DEUS É ACEITO QUASE UNIVERSALMENTE

Isto se dá como a terceira razão que justifica o curso seguido por Moisés em assumir e declarar o fato da existência de Deus sem oferecer quaisquer provas. Os raros que negam a existência de Deus são insignificantes. "As tribos mais baixas tem consciência, temem a morte, crêem em feiticeiras, propiciam ou afugentam maus destinos. Mesmo o fetichista, que a uma pedra ou a uma árvore chama de um deus, mostra que já tem a idéia de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 31). "A existência de Deus e a vida futura são em toda a parte reconhecidas na África" (Livingstone).
Os homens sentem instintivamente a existência de Deus. Por que, então, alguns a negam? É por causa de falta de evidência? Não, é somente por não lhes agradar este sentimento. Ele os perturba na sua vida pecaminosa. Portanto, conjuram argumentos que erradiquem o pensamento de Deus de suas mentes. Todo ateu e agnóstico lutam, principalmente para convencer-se. Quando eles apresentam os seus argumentos a outrem, é em parte por um desejo de prová-los e em parte em defesa própria, nunca por um sentimento que suas idéias podem ser de qualquer auxílio a outros.
Um ateu é um homem que, por amor ao pecado, entremeteu-se na sua mente e a trouxe a uma condição de guerra com o seu coração em que a mente assalta o coração e tenta arrebatar dele o sentimento de Deus. O coração contra-ataca e compele a mente a reter o pensamento de Deus. Neste prélio a mente, portanto, está constantemente procurando argumentos para usar como munição. Ao passo que descobre esses argumentos, desfere-os contra o coração com o mais alto barulho possível. Isto é porque o ateu gosta de expor seu pensamento. Está em guerra consigo mesmo e ela lhe dá confiança quando ele ouve seus canhões roncarem.
Há evidências, contudo, de que a mente do ateu nunca está inteiramente vitoriosa sobre o seu coração. Hume disse a um amigo quando andavam numa noite estrelada: "Adão, há um Deus". Shelley, que foi excluído de Oxford por escrever um panfleto sobre a "Necessidade de Ateísmo", deliciou-se em pensar de um belo espírito intelectual permeando o universo. Voltaire, diz-se, orou numa tempestade alpina e, ao morrer, disse: "Ó Deus - se houver um Deus - tem misericórdia de mim". Portanto, pode-se concluir com Calvino: "Os que julgam retamente concordarão sempre em que há um senso indelével de divindade gravado sobre as mentes dos homens."
Antes de passar adiante, presume-se bom notar as fontes desta crença quase universal na existência de Deus. Há duas fontes desta crença; a saber:

(1) A Tradição.

Cronologicamente, nossa crença em Deus vem da tradição. Recebemos nossas primeiras idéias de Deus de nossos pais. Não há dúvida que isto tem sido verdade de cada sucessiva geração desde o princípio. Mas não basta a tradição para dar conta da aceitação quase universal do fato da existência de Deus. O fato que somente uns poucos repelem esta aceitação (é duvidoso que alguém sempre a rejeite completamente) mostra que há uma confirmação íntima na crença tradicional da existência de Deus. Isto aponta-nos à segunda fonte desta crença, que é:

(2) Intuição.

Logicamente, nossa crença em Deus vem da intuição. Intuição é a percepção imediata da verdade sem um processo cônscio de arrazoamento. Um fato ou verdade assim percebidos chama-se uma intuição. Intuições são "primeiras verdades", sem as quais séria impossível todo pensamento refletivo. Nossas mentes são constituídas de tal modo a envolverem estas "verdades primárias" logo que se apresentem as devidas ocasiões.

A. Prova que a crença quase universal em Deus procede logicamente da intuição e não de arrazoamento.

(a) A grande maior dos homens nunca tentou arrazoar o fato da existência de Deus, nem são capazes de semelhante arrazoamento, que servisse para lhes fortificar a crença na existência de Deus.
(b) A energia da crença dos homens na existência de Deus não existe em proporção ao desenvolvimento da faculdade raciocinante, como seria o caso se essa crença fosse primariamente o resultado de arrazoamento.
(c) A razão não pode demonstrar cabalmente o fato da existência de Deus. Em todo o nosso arrazoamento sobre a existência de Deus devemos começar com admissões intuitivas que não podemos demonstrar. Assim, quando os homens aceitam o fato da existência de Deus, aceitam mais do que a exata razão os levaria a aceitarem.

B. A existência de Deus como "Verdade Primária".

(a) Definição. "Uma verdade primária é um conhecimento que, conquanto desenvolvido em ocasiões de observação e reflexão, delas não se deriva, - um conhecimento, pelo contrário, que tem tal prioridade lógica que deve ser assumido ou suposto para se fazer qualquer observação e reflexão possíveis. Semelhantes verdades não são, portanto, reconhecidas como primeiras em ordem de tempo; algumas delas assentam um tanto tarde no crescimento da mente; pela grande maioria dos homens elas nunca são conscienciosamente formuladas, de modo algum. Contudo, elas constituem a presunção necessária sobre a qual descansa todo outro conhecimento, tendo a mente não só a capacidade inata de envolvê-las logo que se apresentem as devidas ocasiões se não também o reconhecimento delas como inevitável logo que a mente principia a dar a si mesma conta de seu próprio conhecimento" (Strong, Systematic Theology, pág. 30).
(b) Prova. "Os processos do pensamento reflexivo implicam que o universo está fundado na razão e é a expressão dela" (Harris, Philosophic Basic of Theism). "A indução descansa sobre a presunção, como ela exige para seu fundamento, que existe uma divindade pessoal e pensante... Ela não tem sentido ou valía a menos que assumamos estar o universo constituído de tal modo que pressuponha um originador absoluto e incondicional de suas forças e leis... Analisamos os diversos processos do conhecimento nos seus dados sotopostos e achamos que o dado que se sotopõe a eles todos é o de uma inteligência auto-existente" (Porter, Human Intellect). "A razão pensa em Deus como existente e ela não séria razão se não pensasse em Deus como existente" (Dorner, Glaubenslehre). É por esta razão que Deus disse na Sua Palavra: "Disse o tolo no seu coração: Não há Deus" (Salmo 14:1). Só um tolo negará a existência de Deus. Alguns tolos tais são educados; alguns sem letra, mas, não obstante, são tolos, porque não tem conhecimento ou ao menos não reconhecem nem mesmo o princípio da sabedoria, o temor do Senhor. Veja Provérbios 1:7.

II. A existência de Deus não é demonstrável matematicamente, contudo, é mais certa do que qualquer conclusão da razão.

1. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É DEMONSTRÁVEL MATEMÁTICAMENTE.

A respeito de todos os argumentos a favor do fato da existência de Deus, diz Strong: "Estes argumentos são prováveis, não demonstráveis" (Systematic Theology, pág. 39). Lemos outra vez: "Nem pretendi que a existência, ainda a deste Ser, pode ser demonstrada como demonstramos as verdades abstratas da ciência" (Diman, Theistic Argument, pág. 363). Strong cita Andrew Fuller como questionando "se a argumentação a favor da existência de Deus não tem mais cépticos do que crentes"; e então acrescenta: "Tanto quanto isto é verdade, devido é a uma saciedade de argumentos e à noção exagerada do que se pode esperar deles" (Systematic Theology, pág. 40).

2. A EXISTÊNCIA DE DEUS, CONTUDO, É MAIS CERTA DO QUE QUALQUER CONCLUSÃO DA RAZÃO.

Leia o estudante novamente as citações dadas apara mostrar que a existência de Deus é uma "verdade primária", uma verdade que está assumida por todos no processo da razão, "O que nega a existência de Deus deve assumir, tacitamente, essa existência no seu próprio argumento, por empregar processos lógicos cuja validade descansa sobre o ato da existência de Deus" (Strong, Systematic Theology, pág. 33). É uma verdade axiomática que aquilo que é o fundamento de toda a razão é mais certo do que qualquer conclusão da razão. "Não podemos provar que Deus é, mas podemos mostrar que, em face de qualquer conhecimento, pensamento, razão do homem, deve o homem assumir que Deus é" (Strong, Systematic Theology, pág. 34).

3. A EXISTÊNCIA DE DEUS NÃO É O ÚNICO FATO QUE NÃO PODE SER DEMONSTRADO MATEMATICAMENTE.

Nenhum homem pode demonstrar a existência do tempo, do espaço, ou a realidade da matéria por um processo estritamente lógico. Não se pode demonstra nem a realidade de sua própria existência. Não podemos provar absolutamente que não é alucinação tudo quanto vemos, ouvimos e sentimos. Todavia, nós nos sentimos certos sobre essas coisas e pouca gente alguma vez pensou em discuti-las. Quem o faz é considerado um energúmeno. O mesmo séria sempre verdade do que questionasse a existência de Deus. Um agnóstico ou um ateu, para serem coerentes, teriam, de assumir a mesma atitude para com toda a verdade cientifica como a que assume para com a existência de Deus; porque todos os ramos da ciência devem confiar nas intuições da mente como o fundamento de toda a observação.
"A gente mais irrazoável do mundo é aquela que no sentido estreito depende unicamente da razão" (Strong). "A crença em Deus não é a conclusão de uma demonstração, mas a solução de um problema" (Strong); e esse problema é o problema da origem do universo. "O universo, como um grande fato, requer uma explanação racional e ... e a explanação que se pode possivelmente dar é essa fornecida na concepção de um tal Ser (como Deus). Nesta conclusão a razão descansa e recusa-se a descansar em qualquer outra" (Diman, Theistic Argument). "Chegamos a uma crença científica na existência de Deus tanto como a qualquer outra verdade humana possível. Assumímo-la como uma hipótese absolutamente necessária para dar conta do fenômeno do universo; então evidência de todos os cantos começa a convergir sobre ela, até que, no processo do tempo, o senso comum da humanidade, cultivado e iluminado pelo conhecimento sempre crescente, pronuncia-se sobre a validade da hipótese com uma voz escassamente menos decidida e universal do que ele o faz no caso de nossas mais elevadas convicções científicas" (Morell, Philosiphic Fragments). Logo, podemos dizer: "Deus é o fato mais certo do conhecimento objetivo" (Bowne, Metaphysics).

III. A existência de Deus, portanto, pode ser tomada por concedida e proclamada ousadamente.

Os fatos precitados deveriam fazer o pregador ousado na sua proclamação do fato da existência de Deus, não temendo de proclamá-la confiadamente aos profanos. Estamos sobre terreno seguro em proclamar esta verdade. Nenhum homem pode logradamente contrariar nossa mensagem.
Vezes há, talvez, quando o pregador no púlpito devera discutir as evidências da existência de Deus; todavia, como uma coisa usual, ele deveria assumi-la e declará-la como Moisés fez. E quando ele trata das evidências da existência de Deus, não as sobrecarregue de modo a deixar a impressão que a validade do fato da existência de Deus depende de uma rigorosa demonstração racional.

Autor: Thomas Paul Simmons, D.Th.