
Porque a
nossa Festa da Páscoa está pronta, agora que Cristo, o nosso Cordeiro da
Páscoa, já foi oferecido em sacrifício. 1 Coríntios 5.7b (NTLH). O
cordeiro será sem defeito (Ex 12.5). Essa era a condição estabelecida
para que o sacrifício fosse aceitável perante Deus. Não foi diferente com o
sacrifício de Cristo.
Para
preencher a condição, Jesus nasceu em santidade. Como disse o
apóstolo Paulo, por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a
morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). Em
outras palavras, o pecado entrou no código genético da humanidade a partir de
Adão, passando de geração a geração. Para resolver essa situação foi necessária
a ação do Espírito Santo no ventre da virgem (Mt 1.18). Por isso o anjo
declarou a Maria: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso, também, o ente santo que há de nascer
será chamado Filho de Deus. (Lc 1.35).
Além de
nascer santo, Jesus viveu em santidade. O apóstolo Paulo
declarou que Cristo não conheceu o pecado (2 Co 5.21). O
autor de Hebreus disse que Jesus foi tentado do mesmo modo que nós, mas não
pecou (Hb
4.15 NTLH). O apóstolo Pedro
ensinou que Cristo não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca;
pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não
fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente (1 Pe 2.22, 23).
O
apóstolo João afirmou que em Cristo não existe pecado (1 Jo 3.5). Jesus mesmo desafiou seus interlocutores mais
agressivos perguntando: Qual de vocês pode provar que eu tenho algum pecado? (Jo 8.46 NTLH) Imagine que, quando criança, Jesus nunca chorou
para manipular seus pais, quando adolescente não se desviou para conseguir a
aprovação de seus amigos, quando jovem não insultou nem desonrou alguém. Nunca
foi egoísta, nem preguiçoso. Sua mente nunca soube o que é um pensamento
maligno. Seu coração nunca experimentou qualquer motivação pecaminosa. Nenhuma
transgressão. Nenhuma iniquidade. Era o cordeiro sem defeito e sem mácula (1 Pe 1.19).
Foi assim
em toda a sua vida até o momento que Jesus morreu em santidade. Isso
foi claramente percebido por muitos. Pilatos, por exemplo, perguntou diante da
multidão que queria sua crucificação: Que mal fez ele? (Mt 27.23). Nos momentos que precederam sua morte, um dos
malfeitores reconheceu: Nós, na verdade, com justiça, recebemos o castigo que
os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. (Lc 23.39-41).
No
momento que Jesus morreu, o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a
baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas; abriram-se os sepulcros, e muitos
corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da
ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos ... Vendo
o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo:
Verdadeiramente, este homem era justo. (Mt 27.51-54; Lc 23.47) Jesus foi obediente até à morte e morte de cruz (Fp 2.8).
Do começo
ao fim, sem pecado. De eternidade a eternidade, santo. Não houve
um momento sequer da vida de Jesus em que o pecado o tenha tocado. Por isso,
Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível
fosse ele retido por ela. (At 2.24)
Ao contrário do primeiro Adão, que pecou em um mundo antes sem pecado, carregando todos para a morte, o último Adão, Jesus, não pecou mesmo em um mundo mergulhado no pecado, transportando todo aquele que nEle crê para a vida eterna. Porque, como, pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores, assim também, por meio da obediência de um só, muitos se tornarão justos. (Rm 5.19).
A nossa Festa da Páscoa está pronta. Vamos celebrar!
AUTOR: Rodolfo Garcia Montosa
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